"As únicas coisas novas são aquelas que foram esquecidas." (autor desconhecido)

Pesquisar neste blog

sábado, 31 de julho de 2010

Cientista diz que Jesus pode ter nascido em junho

Para alguns, O Natal é uma época qualquer do ano. Para outros marca a celebração máxima do cristianismo. Interpretações à parte, todos nós aprendemos, seja na escola ou na família, que Jesus nasceu em 25 dezembro. No entanto, uma nova pesquisa, desta vez realizada pelo astrônomo australiano Dave Reneke, sugere que Jesus não nasceu em dezembro e sim em 17 de junho.

Estrela de Belém

O estudo de Reneke, diretor da conceituada revista Sky and Telescope e diretor do Observatório de Port Macquarie, se baseia na informação contida no Evangelho de Mateus, que descreve o surgimento de "estrela" como sinal do nascimento de Jesus. Utilizando um moderno programa de computador  capaz de reproduzir o céu há milhares de anos, Reneke concluiu que a "Estrela de Natal", que segundo a Bíblia teria guiado os Três Reis Magos até a Manjedoura, era na realidade a conjunção espetacular entre Júpiter e Vênus, ocorrida dois anos e seis meses antes.

Não existe um consenso entre os pesquisadores sobre a data exata em que Cristo nasceu, sendo geralmente estimada entre 3 aC (3 anos antes) e 1 dC (1 ano depois).

Alinhamento
http://www.apolo11.com/imagens/etc/astronomo_dave_reneke.jpg

"Júpiter e Vênus chegaram muito perto, refletindo muita luz. Naturalmente não se pode afirmar com total certeza que esta era a estrela de Natal descrita na Bíblia, mas até o presente momento esta é a explicação mais aceitável que já vi sobre isso", disse Reneke em entrevista à BBC Brasil.

O alinhamento a que o astrônomo se refere é similar ao ocorrido no início de dezembro, quando Júpiter e Vênus ficaram muito próximos, com a diferença que em 17 de junho de 2 aC os planetas estavam tão juntos que parecia um único objeto. "A astronomia é uma ciência muito precisa. Através de cálculos é possível apontar exatamente onde estavam os objetos no céu e existe uma grande possibilidade que esta conjunção possa ser a estrela descrita por Mateus".

Outras teorias especulam sobre a Estrela de Belém ser um cometa ou uma supernova, causada pela explosão de uma estrela, mas até hoje não foram devidamente comprovadas.


Sem Polêmicas
De acordo com Reneke, sua pesquisa não deve ser vista como uma tentativa de contestação religiosa. "É apenas uma pesquisa astronômica. Quando misturamos ciência e religião sempre haverá a chance de irritar ou magoar as pessoas. Neste caso, o resultado pode até servir para reforçar a fé, uma vez que mostra que realmente havia um grande objeto brilhante no céu no momento certo".

Antes dos estudos de Reneke, muitos teólogos também contestaram a data atribuída ao nascimento de Jesus. Isso porque o Novo Testamento diz que quando Cristo veio ao mundo, os pastores cuidavam de seus rebanhos à noite e ao ar livre. Segundo os teólogos isso seria inviável em dezembro, uma vez que o inverno israelense é muito rigoroso.

Nota do Apolo11
Este não é um artigo religioso, mas científico, onde um pesquisador tenta correlacionar uma data conhecida a um evento astronômico. As palavras que possam representar citações religiosas são necessárias dentro do contexto histórico a que se refere o artigo.


No topo, concepção artística mostra os três Reis Magos sendo guiados pela Estrela de Belém. No detalhe o astrônomo Dave Reneke. Créditos: Marvels Free Photo Powerpoint Backgrounds/Dave Reneke.

Direitos Reservados
Ao utilizar este artigo, cite a fonte usando este link:
Fonte: Apolo11 - http://www.apolo11.com/curiosidades.php?posic=dat_20081211-091705.inc

sexta-feira, 30 de julho de 2010

O Futuro do Cristianismo

http://letrasdespidas.files.wordpress.com/2009/03/futuro.jpg

"O texto O FUTURO DO CRISTIANISMO é uma carta aberta de Helena P. Blavatsky ao Arcebispo de Cantuária, líder espiritual máximo da Igreja Anglicana. Na carta, a fundadora do movimento esotérico moderno expõe - com sua franqueza habitual - a visão da teosofia autêntica em relação ao cristianismo como um todo. H.P.B. mostra a diferença radical entre o cristianismo de Jesus e o "cristianismo" das Igrejas, e mostra a necessidade de transcender os dogmas e as formas externas, para alcançar a sabedoria universal. "

http://www.umbandadanatureza.com.br/IMAGES/teosofia.gif


Uma Carta Aberta ao Arcebispo de Cantuária

Helena P. Blavatsky

0000000000000000000000000000000000000


Nota dos Editores:

Durante séculos, o Vaticano promoveu a tortura e a morte no fogo de
centenas de milhares  de pessoas inocentes. A desculpa era “Lúcifer”,
o inimigo  imaginário de um deus medieval sedento de sangue. A palavra
“Lúcifer”, porém, é muito anterior ao cristianismo e significa  “portador
da luz”. O termo designa o planeta Vênus, a “estrela da manhã”,
que anuncia o nascer do sol. A palavra foi distorcida pelos teólogos
medievais, quando eles decidiram fabricar um “inimigo terrível”
para  justificar o uso sistemático do assassinato em nome de Deus.
Em Londres, na etapa final da sua vida, Helena P. Blavatsky fundou
uma revista e chamou-a de “Lúcifer”. H.P.B. queria resgatar da fraude
teológica este termo pré-cristão da sabedoria universal. Foi em “Lúcifer”,
na edição de dezembro de 1887, que apareceu pela primeira vez o artigo
a seguir,  uma carta aberta ao Arcebispo de Cantuária. Seu título original é
Lucifer to the Archbishop of Canterbury, Greeting!” (“Saudações de  
Lúcifer  ao Arcebispo de Cantuária!”).  A cidade de Cantuária (em inglês,
Canterbury) está situada no sudeste da Inglaterra e constitui o principal
centro religioso do país. Ali vive tradicionalmente o arcebispo que lidera
a Igreja Anglicana. Cabe registrar ainda que a Sociedade Teosófica
original não existe mais. Ela deu lugar a um movimento amplo e marcado
pela diversidade de organizações. Portanto, no texto a seguir,
onde se lê “Sociedade Teosófica”,  deve-se ler “Movimento Teosófico”.

00000000000000000000000000000000000


Senhor Primaz de toda a Inglaterra,   

Fazemos uso de uma carta aberta a Sua Graça para  transmitir a você e para fazer chegar através de você aos membros do clero, às suas ovelhas e a todos os cristãos em geral – que nos consideram como inimigos de Cristo – uma breve descrição da posição da teosofia em relação ao  cristianismo, pois pensamos que chegou o momento de fazer isso.  

Sua Graça é sem dúvida consciente de que a teosofia não é uma religião, mas uma filosofia ao mesmo tempo religiosa e científica; e que a principal tarefa da Sociedade Teosófica até agora tem sido fazer reviver em cada religião o seu espírito próprio que a anima, ao encorajar e ajudar o estudo do verdadeiro significado das suas doutrinas e das suas práticas. Os teosofistas sabem que quanto mais profundamente se avança na compreensão das doutrinas e das cerimônias de todas as religiões, maior e mais aparente se torna a sua semelhança básica, até que, por fim, se chega à percepção da sua unidade fundamental. Este terreno comum é  a teosofia – a Doutrina Secreta de todas as épocas; que, diluída e disfarçada para se adaptar à percepção das multidões e às exigências de cada época, constitui a essência viva de todas as religiões. A Sociedade Teosófica tem lojas compostas por budistas, hindus, maometanos, parses, cristãos e livre-pensadores, que trabalham como irmãos no terreno comum da teosofia. E é precisamente porque a teosofia não é uma religião, nem pode cumprir o papel de uma religião para as multidões, que o sucesso desta Sociedade foi tão grande, não apenas em relação ao número crescente dos seus membros e à sua influência cada vez maior, mas também no que se refere à realização do seu trabalho - o resgate da espiritualidade na religião, e o cultivo do sentimento de FRATERNIDADE entre os homens. 

Nós,  teosofistas, cremos que a religião é um incidente natural na vida do homem, no seu estágio atual de desenvolvimento; e que embora em casos raros os indivíduos possam nascer sem o sentimento religioso, uma comunidade deve ter uma religião, isto é, um laço de união – sob pena de cair na decadência social e na aniquilação material.  Acreditamos que nenhuma doutrina religiosa pode ser mais que uma tentativa de descrever - para a nossa limitada capacidade atual de compreensão e nos termos das nossas experiências terrestres - grandes verdades cósmicas e espirituais que, no estado normal de consciência, sentimos vagamente, mais do que realmente percebemos e compreendemos; e uma revelação, para que possa revelar alguma coisa, deve necessariamente adequar-se às mesmas exigências do intelecto humano.

Na nossa avaliação, portanto, nenhuma religião pode ser absolutamente verdadeira, e nenhuma pode ser absolutamente falsa. Uma religião é verdadeira na medida em que atende as necessidades espirituais, morais e intelectuais da sua época, e ajuda o desenvolvimento da humanidade nestas áreas. Ela é falsa na medida em que bloqueia este desenvolvimento e prejudica a parte espiritual, moral e intelectual da natureza do homem. E as ideias transcendentemente espirituais sobre os poderes dirigentes do universo, adotadas por  um sábio do Oriente, seriam para um selvagem africano uma religião tão falsa quanto o fetichismo inferior deste selvagem seria para aquele sábio, embora os dois pontos de vista devam necessariamente ser verdadeiros, em certa medida, porque ambos representam as mais elevadas ideias que estes indivíduos podem respectivamente conceber a respeito destes fatos cósmico-espirituais. Tais fatos jamais podem ser conhecidos na sua realidade pelo homem, enquanto ele for apenas um homem. 

Os teosofistas, portanto, respeitam todas as religiões e têm uma profunda admiração pela ética religiosa de Jesus.  E não poderia ser de outro modo, pois estes ensinamentos que chegaram até nós são os mesmos que os da teosofia.  Na medida, pois, em que o cristianismo moderno se conduz de acordo com a sua afirmação de que é a religião prática ensinada por Jesus, os teosofistas estão com ele de todo o coração. A partir do momento em que age contra esta ética,  pura e simples, os teosofistas tornam-se seus opositores. Qualquer cristão pode, se quiser, comparar o Sermão da Montanha com os dogmas da sua igreja e o espírito que respira nela, e com os princípios que guiam esta civilização cristã e governam a sua própria vida; e então estará em condições de julgar por si mesmo até que ponto a religião de Jesus está presente em seu cristianismo, e até que ponto, consequentemente, ele e os teosofistas estão de acordo. Mas os cristãos declarados,  e especialmente o clero, evitam fazer esta comparação. Como comerciantes que temem ir à falência, eles parecem ter receio de encontrar na sua contabilidade um saldo negativo que não poderia ser compensado contabilizando bens materiais em lugar de bens espirituais. A comparação entre os ensinamentos de Jesus e as doutrinas das igrejas foi, todavia, feita frequentemente - e muitas vezes com um grande conhecimento e uma perspicácia decisiva - tanto por aqueles que queriam abolir o cristianismo, quanto pelos que queriam reformá-lo; e o resultado total destas comparações, como Sua Graça deve saber, prova que em quase todos os pontos as doutrinas das igrejas e o modo de agir dos cristãos estão em contradição direta com os ensinamentos de Jesus

Temos o costume de dizer aos budistas, aos maometanos, aos hindus ou aos parses: “O caminho que conduz à teosofia passa por vocês mesmos, por sua própria religião”. Dizemos isto porque as suas crenças possuem um significado profundamente filosófico e esotérico, que explica as alegorias sob as quais são apresentadas ao povo. Mas não podemos dizer a mesma coisa aos cristãos. 

Os sucessores dos Apóstolos nunca registraram por escrito a doutrina secreta de Jesus - os “mistérios do reino dos céus” -, que foi dada a conhecer apenas a eles (seus apóstolos) [1]. Estes mistérios foram suprimidos, afastados, destruídos. O que nos chegou através do tempo são os preceitos, as parábolas, as alegorias e as fábulas que Jesus destinou expressamente aos espiritualmente surdos e cegos, e que deveriam ser reveladas mais tarde para o mundo, e que o cristianismo moderno ora as toma na íntegra, literalmente, ora as interpreta segundo a fantasia dos Padres da igreja secular. Em ambos os casos, elas são como flores cortadas: estão separadas da planta em que cresceram e da raiz de que esta planta tirou sua vida. Portanto, se fôssemos encorajar os cristãos, como fazemos com os fiéis de outras crenças, a estudarem por si mesmos a sua própria religião, a consequência seria não um conhecimento do significado dos seus mistérios, mas o redespertar da superstição e da intolerância medievais, acompanhado de uma formidável explosão de preces e sermões ditos apenas da boca para fora  - tal como o que resultou na formação de 239 seitas protestantes, apenas na Inglaterra - ou, alternativamente, um grande aumento do ceticismo, pois o cristianismo não tem uma base esotérica conhecida pelos que o seguem. Porque mesmo você, Senhor Primaz da Inglaterra, deve estar dolorosamente consciente do fato de que não sabe absolutamente nada sobre os “mistérios do reino dos céus” ensinados por Jesus aos seus discípulos - que não seja conhecido pelo membro mais humilde e  mais iletrado da sua Igreja.
  
Portanto, é facilmente compreensível que os teosofistas nada têm a dizer contra a política da Igreja Católica Romana de proibir, e a política das igrejas protestantes de desencorajar, qualquer investigação individual sobre o significado dos dogmas “cristãos” que seja correspondente ao estudo esotérico das outras religiões. Com as suas ideias e conhecimentos atuais, os cristãos não têm condições de empreender um exame crítico da sua fé com uma perspectiva de bons resultados. O seu efeito inevitável seria paralisar, ao invés de estimular, os sentimentos religiosos adormecidos; porque os estudos críticos da Bíblia e a mitologia comparada provaram de uma forma conclusiva - pelo menos, para aqueles que não têm interesse pessoal, espiritual ou temporal, na manutenção da ortodoxia -, que a religião cristã, tal como existe agora, é composta de cascas externas do judaísmo, com retalhos do paganismo e restos mal digeridos de gnosticismo e neoplatonismo.

Este curioso conglomerado que se formou gradualmente à volta do registro das palavras ditas por Jesus começou agora, eras mais tarde, a desintegrar-se e a desagregar-se,  separando-se das jóias puras e preciosas da verdade teosófica que durante tanto tempo ele encobriu e escondeu, mas que nunca puderam ser desfiguradas ou destruídas. A teosofia não só resgata estas jóias preciosas do destino que ameaça o lixo ao qual estiveram tanto tempo misturadas. Ela também salva o próprio lixo de uma condenação completa; porque ela mostra que o resultado do exame crítico da Bíblia está longe de ser a análise última do cristianismo, uma vez que cada um dos pedaços que compõem os curiosos mosaicos das Igrejas pertenceu, em algum momento, a uma religião que tinha um significado esotérico. Só quando estes pedaços forem recolocados nos lugares que ocupavam originalmente poderá ser percebido o significado real das doutrinas do cristianismo. Para fazer tudo isto, contudo, é necessário um conhecimento da Doutrina Secreta tal como ela existe nas bases esotéricas de outras religiões; e o clero não possui este conhecimento, pois a Igreja escondeu as suas chaves, e depois as perdeu. 

Sua Graça compreenderá agora por que motivo a Sociedade Teosófica tem como um dos seus três “objetivos” o estudo das religiões e filosofias orientais, que lançam esta luz sobre o sentido oculto do cristianismo; e compreenderá também, segundo esperamos, que, ao fazê-lo, não agimos como inimigos, mas como amigos da religião ensinada por Jesus – o verdadeiro cristianismo, na realidade. Porque é só através do estudo destas religiões e filosofias que os cristãos poderão chegar em algum momento à compreensão das suas próprias crenças, ou descobrir o sentido oculto das parábolas e das alegorias ditas pelo Nazareno aos paralíticos espirituais da Judeia. Ao considerá-las como fatos literais ou como fantasia, as igrejas colocaram os seus próprios ensinamentos no ridículo e fizeram com que eles fossem desprezados, levando o cristianismo a um sério perigo de um colapso completo, debilitado como ele está pelos estudos históricos críticos e pelas pesquisas mitológicas, além de ser quebrado pela marreta da ciência moderna. 

Deveriam então os próprios teosofistas ser considerados pelos cristãos como seus inimigos, porque crêem que o cristianismo ortodoxo é em tudo oposto à religião de Jesus; e porque têm a coragem de dizer às igrejas que elas são traidoras do MESTRE que elas pretendem venerar e servir? Longe disso, de fato. Os teosofistas sabem que o mesmo espírito que animava as palavras de Jesus existe em estado latente no coração dos cristãos, como existe naturalmente no coração de todos os homens. A sua doutrina fundamental é a Fraternidade Humana, cuja realização última só é possibilitada por aquilo que era conhecido muito tempo antes de Jesus como “o espírito de Cristo”. Mesmo agora este espírito está potencialmente presente em todos os homens e se tornará ativo quando os seres humanos não forem mais impedidos de se compreenderem, de se apreciarem e de simpatizarem entre si pelas barreiras da luta e do ódio, erguidas pelos sacerdotes e pelos príncipes.

Sabemos que os cristãos, nas suas vidas, se elevam frequentemente acima do cristianismo. Todas as Igrejas têm numerosos homens e mulheres nobres, virtuosos e com espírito de sacrifício, desejosos de fazer o bem durante suas vidas, segundo o seu grau de compreensão  e as oportunidades que encontram, e que estão plenos de aspiração por coisas mais elevadas que as da terra - sendo seguidores de Jesus apesar do cristianismo.

Por indivíduos como estes os teosofistas sentem a mais profunda simpatia; porque só um teosofista, ou então uma pessoa que tenha a delicada sensibilidade e o grande saber teológico de Sua Graça, pode apreciar adequadamente as dificuldades horríveis contra as quais a frágil planta da religiosidade natural deve lutar, quando afunda com esforço suas raízes no solo estéril da nossa civilização cristã, e tenta florir na atmosfera fria e árida da teologia. Como deve ser difícil, por exemplo, “amar” um Deus como aquele que é descrito numa bem conhecida passagem de Herbert Spencer: 

“A crueldade de um deus Fidjiano que, representado como devorador das almas dos mortos e, pode supor-se, torturando-as enquanto as engole, é pouca coisa se comparada à crueldade de um deus que condena os homens a torturas eternas.… Atribuir aos descendentes de Adão, durante centenas de gerações, castigos horríveis por uma pequena transgressão que eles não cometeram; a condenação de todos os homens que não têm a possibilidade de recorrer a um pretenso método de obter o perdão, e do qual a maior parte dos homens nunca ouviu falar, e a reconciliação efetuada pelo sacrifício de um filho perfeitamente inocente, para satisfazer a suposta necessidade de uma vítima propiciatória, são modos de ação que, se fossem atribuídos a um dirigente humano, provocariam horror.”[2] 

Sua Graça dirá, sem dúvida, que Jesus nunca ensinou que se deveria adorar um deus como este. Nós, teosofistas, dizemos o mesmo. Contudo este deus é o deus cuja adoração é oficialmente pregada na Catedral de Cantuária, por você mesmo,  Senhor Primaz da Inglaterra; e Sua Graça concordará seguramente conosco em que deve existir de fato uma centelha divina de intuição religiosa no coração dos homens, que os capacita a resistir tão bem quanto resistem à ação mortal de uma teologia venenosa como esta.  

Se Sua Graça dirigir o olhar à sua volta, verá desde a sua elevada posição uma civilização cristã em que uma luta frenética e sem trégua do homem contra o homem é, não só a característica que a distingue, mas também um princípio reconhecido. É um axioma científico e econômico bem estabelecido em nossos dias que todo progresso é conseguido através da luta pela vida e sobrevivência do mais apto; e os mais aptos a sobreviver nesta civilização cristã não são os que possuem as qualidades reconhecidas pela moralidade de todos os tempos como sendo as melhores - não são os generosos, os piedosos, os nobres de coração, capazes de perdoar, humildes, fiéis, honestos e bons - mas sim aqueles que são mais fortes em egoísmo, astúcia, hipocrisia, em força bruta, fingimento, falta de escrúpulos, crueldade e avareza.

Os indivíduos espirituais e os altruístas são “os fracos”, a quem as “leis” que governam o universo dão como alimento aos egoístas e aos materialistas - “os fortes”. A “lei do mais forte” é a única conclusão legítima, a última palavra da ética do século 19, pois o mundo tornou-se um grande campo de batalha no qual os “mais aptos” descem como abutres para arrancar os olhos e o coração dos que caíram durante o combate.  Será que a religião faz cessar a batalha? As igrejas espantam os abutres, ou reconfortam os feridos e os moribundos? Hoje a religião no mundo em geral não pesa mais que uma pluma, quando as vantagens terrestres ou os prazeres egoístas são colocados no outro prato da balança; e as igrejas não têm o poder de revivificar o sentimento religioso entre os homens, porque as suas ideias, o seu conhecimento, os seus métodos e os seus argumentos são os da Idade das Trevas.  Senhor Primaz, o seu cristianismo é o de quinhentos anos antes da nossa época. 

Enquanto os homens discutiam para saber se este deus ou aquele outro era o verdadeiro deus, ou se a alma ia para este ou aquele lugar depois da morte, vocês, do clero, compreendiam a pergunta e tinham argumentos prontos para influenciar a opinião – pelo silogismo ou pela tortura, conforme fosse o caso. Mas agora é a própria existência de qualquer ser semelhante a Deus, ou de qualquer espécie de espírito imortal, que é questionada ou negada. A ciência inventa novas teorias sobre o  Universo que ignoram com desprezo a existência de qualquer deus; os moralistas concebem teorias relativas à ética e à vida social nas quais a não-existência de uma vida futura é considerada como uma premissa; em física, em psicologia, em direito, em medicina, a única coisa necessária para assegurar o sucesso de um professor é que a exposição das suas ideias não contenha nenhuma alusão à Providência, ou à alma. O mundo é conduzido rapidamente à convicção de que deus é uma concepção mítica, que não tem de fato nenhum fundamento, e nenhum lugar na Natureza; e que a parte imortal do homem é o sonho estúpido de selvagens ignorantes, perpetuado pelas mentiras e pelos embustes dos padres, que fazem uma ampla  colheita cultivando nos homens o temor de que as suas almas imaginárias sejam torturadas, por toda a eternidade, pelo seu Deus mítico, num Inferno que só existe em fábulas. Diante de tudo isto, o clero permanece, atualmente, silencioso e impotente. A única resposta que a Igreja sabia dar a “objeções” como estas era a tortura e a fogueira; mas agora ela não pode servir-se deste sistema de argumentação.

É certo que se o Deus e a alma descritos pelas igrejas são entidades imaginárias, então a salvação e a danação cristãs são puras ilusões da mente, produzidas em grande escala pelo processo hipnótico de afirmação e de sugestão, agindo cumulativamente sobre gerações de dóceis “histéricos”. Que resposta você dá a uma tal teoria da religião cristã, além da repetição de afirmativas e sugestões? Que modo tem você de reconduzir os homens às suas antigas crenças, além de fazer reviver os seus velhos hábitos? “Construam mais igrejas, rezem mais orações, fundem mais missões e a sua fé na condenação e na salvação será reanimada e uma nova crença em Deus e na alma será o resultado inevitável”. Tal é a política das igrejas. É a sua única resposta ao agnosticismo e ao materialismo. Mas sua Graça deve saber que responder aos ataques da ciência e da crítica modernas com armas como a afirmação e o hábito é como atacar metralhadoras usando bumerangues e escudos de couro. No entanto, enquanto o progresso das ideias e o aumento do conhecimento arruínam a teologia popular, cada descoberta da ciência e cada nova concepção do pensamento europeu avançado aproximam o espírito do século 19 das ideias do Divino e do Espiritual, conhecidos de todas as religiões esotéricas e da teosofia.

A Igreja alega que o cristianismo é a única religião verdadeira, e esta pretensão implica duas afirmações diferentes, a saber, que o cristianismo é uma religião verdadeira, e que não há religião verdadeira exceto o cristianismo. Parece que nunca passa pela cabeça dos cristãos a ideia de que Deus e o Espírito possam existir de qualquer forma diferente da que é apresentada nas doutrinas da igreja. O selvagem chama o missionário de ateu porque ele não transporta um ídolo na sua mala; e o missionário, por sua vez, qualifica de ateu qualquer um que não traga um fetiche no seu espírito; e nem o selvagem, nem o cristão parecem ter jamais  suposto que possa existir uma concepção mais elevada que a sua em relação ao grande poder oculto que governa o Universo, e ao qual o nome “Deus” é muito mais aplicável. É difícil saber se as Igrejas tentam mais provar que o cristianismo é “verdadeiro”, ou provar que qualquer outra espécie de religião é necessariamente “falsa”; as más consequências que resultam deste seu ensino são terríveis. Quando as pessoas rejeitam o dogma, elas imaginam que rejeitaram também o sentimento religioso, e concluem que a religião é algo supérfluo na vida humana – uma forma de mandar para as nuvens coisas que pertencem à terra, uma perda de energia que poderia ser usada mais eficientemente na luta pela existência. O materialismo desta época é, portanto, consequência direta da doutrina cristã segundo a qual não existe poder dirigente no Universo, nem qualquer Espírito imortal no homem, além dos que foram descritos nos dogmas cristãos. O ateu, Senhor Primaz, é o filho bastardo da Igreja. 

Mas isto não é tudo. As igrejas nunca ensinaram aos homens alguma razão para serem justos, bons e sinceros, que seja mais elevada do que a esperança de uma recompensa ou o medo do castigo; e, quando eles abandonam a crença no capricho Divino e na injustiça Divina, as bases da sua moralidade ficam fragilizadas. Eles nem sequer têm uma moralidade natural à qual possam voltar conscientemente, pois o cristianismo ensinou-lhes a considerá-la como algo sem valor, alegando a perversidade natural do homem. Portanto, o interesse pessoal torna-se a única motivação da conduta, e o receio de ser descoberto, a única coisa que o afasta do vício. Assim, no que se refere à moralidade, bem como a Deus e à alma, o cristianismo empurra os homens para fora do caminho que conduz ao conhecimento, e precipita-os no abismo da incredulidade, do pessimismo e do vício. A Igreja é agora o último lugar onde os homens iriam procurar ajuda contra os males e as misérias da vida, porque eles sabem que a construção de igrejas e a repetição de ladainhas não influenciam nem os poderes da natureza nem os conselhos das nações. Eles sentem instintivamente que, desde o momento em que as Igrejas aceitaram o princípio da conveniência, elas perderam o poder de chegar ao coração dos homens, e agora elas só podem agir no plano externo, apoiando a ação do policial e do político.  

A função da religião é reconfortar e encorajar a humanidade na sua luta constante contra o pecado e o sofrimento. Isto só pode ser feito apresentando à humanidade o nobre ideal de uma vida mais feliz após a morte, e de uma vida mais digna sobre a terra, o que deve ser obtido nos dois casos por um esforço consciente. O que o mundo necessita agora é de uma Igreja que lhe fale da Divindade ou Princípio Imortal no homem como algo situado pelo menos ao nível das ideias e do conhecimento dos tempos atuais.  O cristianismo dogmático não é adequado para um mundo que raciocina e pensa. Só aqueles que estão dispostos a lançar-se a um estado de espírito medieval podem apreciar uma Igreja cuja função religiosa (considerada como diferente da sua função social e política) é manter Deus de bom humor enquanto os fiéis fazem o que crêem que não é aprovado por ele; cuja função é rezar para obter mudanças no clima; e, ocasionalmente, agradecer ao Todo Poderoso por haver ajudado a massacrar o inimigo. Não é de “curandeiros”, mas de guias espirituais que o mundo necessita hoje - um “clero” que lhe dê ideais tão adequados para a inteligência do nosso século como o eram o Céu e o Inferno, o Deus e o Diabo cristãos, na época de sombria ignorância e da superstição. Será que o clero cristão atende, ou pode atender, esta necessidade? A miséria, o crime, o vício, o egoísmo, a brutalidade, a falta de auto-respeito e de autocontrole que caracterizam a nossa civilização moderna unem as suas vozes num grito terrível e respondem – NÃO! 

Qual o significado da reação contra o materialismo, um materialismo cujos sinais hoje enchem o ar? O significado é que o mundo está mortalmente cansado do dogmatismo, da arrogância, da auto-suficiência e da cegueira espiritual da ciência moderna, dessa mesma ciência moderna que os homens ainda ontem saudavam como a sua libertadora do fanatismo religioso e da superstição cristã, mas que, assim como o Diabo das lendas sacerdotais, reclama, como recompensa pelos seus serviços, o sacrifício da alma imortal do homem. E, enquanto isso, o que fazem as Igrejas? Elas dormem o sono pacífico obtido pelas doações e pela influência social e política, enquanto que o mundo, a carne e o diabo se apropriam dos seus segredos, dos seus milagres, dos seus argumentos e da sua fé cega.

Os espíritas - ó Igrejas de Cristo! - roubaram o fogo dos seus altares para iluminar as suas salas de sessões mediúnicas. Os salvacionistas pegaram o seu vinho sacramental e se embriagam espiritualmente nas ruas; o infiel roubou as armas com as quais vocês o venceram em outros tempos, e diz a vocês triunfantemente: “O que vocês afirmam, já foi dito muitas vezes antes”.  Teve o clero alguma vez uma oportunidade tão esplêndida? As uvas da vinha estão maduras, e só faltam os trabalhadores eficazes para a colheita. Se vocês dessem ao mundo alguma prova,  situada no padrão intelectual do que é verificável, de que a Divindade - o Espírito imortal no homem - tem uma existência real como fato da Natureza, será que os homens não os saudariam como  salvadores que os libertaram do pessimismo e do desespero, do pensamento enlouquecedor e brutalizante de que não há para o homem outro destino a não ser um vazio eterno, após alguns breves anos de duras fadigas e sofrimentos? Como seus salvadores de uma luta assustadora pela satisfação material e pelas vantagens do mundo, consequência direta da crença de que esta vida mortal é o começo e o fim da existência? 

Mas as Igrejas não possuem nem o conhecimento nem a fé necessários para salvar o mundo, e a sua Igreja, Senhor Primaz, talvez ainda menos que as outras, porque está com a pesada carga de oito milhões de libras por ano à volta do pescoço. Vocês tentam em vão tornar o navio mais leve, lançando pela borda, como lastro, as doutrinas que os seus antepassados consideravam vitais ao cristianismo. O que mais pode fazer agora a sua Igreja, exceto fugir da tempestade com os mastros desguarnecidos, enquanto o clero tenta, debilmente, tapar os buracos do casco com a “versão revisada” da Bíblia, e procura impedir que o navio naufrague  com a sua pesada carga social e política, levando para o fundo do mar a sua carga de dogmas e de doações?

Quem construiu a catedral de Cantuária, Senhor Primaz? Quem inventou e deu vida à grande organização eclesiástica que torna possível a existência de um Arcebispo de Cantuária? Quem estabeleceu as bases de um vasto sistema de impostos religiosos que lhe dá quinze mil libras por ano e um palácio? Quem instituiu os rituais e as cerimônias, as orações e as litanias que, ligeiramente alteradas e despojadas de arte e ornamento, fazem a liturgia da Igreja da Inglaterra? Quem extorquiu ao povo os orgulhosos títulos de “divino reverendo” e “Homem de Deus”, dos quais o clero da sua Igreja se apropria com tamanha confiança? Quem, de fato, exceto a Igreja de Roma? Falamos sem espírito de inimizade. A teosofia viu a ascensão e a queda de muitas crenças, e estará presente ao nascimento e à morte de muitas outras. Sabemos que a vida das religiões está sujeita à lei.  Se vocês receberam uma herança legítima de Roma, ou tomaram posse pela violência, é uma questão que vocês devem decidir com os seus inimigos e com a sua consciência; a atitude mental frente à sua Igreja é determinada pelo seu valor intrínseco. Sabemos que se ela for incapaz de desempenhar a verdadeira função espiritual de uma religião será certamente exterminada, mesmo que o erro se encontre mais nas suas tendências hereditárias, ou no que a rodeia, do que em si mesma. 

A Igreja da Inglaterra, para usar uma comparação simples, é como um trem que prossegue a sua marcha graças à velocidade adquirida antes de o vapor ter sido cortado. Depois de ter deixado a linha principal, encontra-se num desvio que não leva a lugar algum. O trem está agora quase parado, e muitos dos seus passageiros o trocaram por outros meios de transporte. Os restantes estão, na maioria, conscientes de que durante este tempo só podiam contar com o pouco vapor que restou na caldeira depois que os fogos de Roma foram retirados. Eles suspeitam que, neste momento, talvez já estejam apenas brincando de andar de trem; mas o maquinista continua a assobiar, o controlador prossegue a sua inspeção, examinado os bilhetes, os freios foram acionados como antes e, convenhamos, não é uma brincadeira desagradável. As carruagens estão aquecidas e confortáveis e o dia é frio, e, desde que recebam gorjetas, os empregados da companhia são muito obsequiosos. Mas aqueles que sabem para onde querem ir não estão assim tão contentes. 

Durante vários séculos, a Igreja da Inglaterra conseguiu a difícil proeza de navegar em duas canoas ao mesmo tempo, dizendo aos católicos romanos: “Raciocinem!” e aos céticos: “Tenham Fé!” Foi regulando constantemente as forças desta atitude de duas caras que ela pôde permanecer durante tanto tempo em cima do muro. Mas agora, o próprio muro está caindo. A supressão das doações e a separação entre Igreja e Estado pairam no ar. E o que a sua Igreja invoca a seu favor? A sua utilidade. É útil ter muitos homens instruídos, morais, não-mundanos, espalhados por todo o país, impedindo o mundo de esquecer completamente a ideia de religião, e agindo como centros de ação benfeitora. Mas a questão agora já não é a de repetir orações e dar esmola aos pobres, como era há quinhentos anos atrás. As pessoas tornaram-se maiores de idade, e tomaram nas mãos o seu pensamento e a direção dos seus assuntos sociais, individuais e até mesmo espirituais, porque descobriram que o clero não sabe mais do que elas mesmas sobre as “coisas do Céu”. 

Mas a Igreja da Inglaterra, diz-se, tornou-se tão liberal que todos devem apoiá-la. Realmente,  pode-se fazer uma excelente imitação da missa, ou ser um virtual Unitário, e ainda fazer parte do seu rebanho. Esta bela tolerância, no entanto, significa apenas que a Igreja achou necessário tornar-se um vasto campo comum, em que cada um pode armar a sua própria tenda e agir como lhe aprouver, desde que participe na manutenção dos benefícios. A tolerância e a liberalidade são contrárias às leis da existência de qualquer igreja que crê na condenação divina, e a sua aparição na Igreja da Inglaterra não é um sinal de vida renovada, mas antes da chegada da desagregação. Não menos ilusória é a energia manifestada pela Igreja na construção de igrejas. Se isto fosse um critério de medição do espírito religioso, que piedosa época seria a nossa! Nunca o dogma esteve tão bem alojado, embora os seres humanos sejam obrigados a dormir aos milhares nas ruas, e morram literalmente de fome à sombra das suas majestosas catedrais, construídas em nome d´Aquele que não tinha onde repousar a Sua cabeça. Terá Jesus dito a você, Sua Graça, que a religião não se encontra no coração dos homens, e sim nos templos feitos pelas mãos? Vocês não podem converter sua piedade em pedra e utilizá-la nas suas vidas; e a história mostra que a petrificação do sentimento religioso é uma doença tão mortal como a ossificação do coração.  No entanto, ainda que as igrejas fossem multiplicadas por cem, e que cada pastor se tornasse um centro de filantropia, isso iria apenas produzir o trabalho que os pobres esperam dos seus semelhantes, mas não dos seus líderes espirituais - em lugar daquilo que eles pedem e não conseguem obter. Isso só colocaria em maior destaque a esterilidade espiritual da Igreja e das suas doutrinas. 

Aproxima-se o tempo em que o clero terá de prestar contas das suas ações. Você está pronto, Senhor Primaz, a explicar ao SEU MESTRE por que tem dado pedras aos Seus Filhos, quando eles lhe suplicavam por pão?  Você sorri na sua imaginária segurança. Os servidores fizeram festas durante tanto tempo nos aposentos interiores da casa do Senhor, que pensavam que Ele certamente nunca voltaria. Mas Ele disse que Ele viria como um ladrão durante a noite; e eis! Ele está chegando já no coração dos homens. Ele está vindo para tomar posse do reino de Seu Pai no único lugar em Seu reino existe. Mas vocês não O conhecem! Se as próprias Igrejas não estivessem sendo carregadas pela onda de negação e de materialismo que dominou a sociedade, elas reconheceriam o germe do espírito do Cristo crescendo com rapidez no coração de milhares de seres, a quem agora classificam como infiéis e loucos. Reconheceriam neles aquele mesmo espírito de amor, sacrifício de si mesmo e piedade imensa pela ignorância, pela loucura e pelos sofrimentos do mundo, que surgiu em toda a sua pureza no coração de Jesus, assim como surgiu no coração de outros Santos Reformadores em diferentes épocas. Este espírito é a luz de toda verdadeira religião, e o archote com o qual os teosofistas de todos os tempos trataram de iluminar os seus passos, ao longo do caminho estreito que conduz à salvação – o caminho que é percorrido por toda encarnação de CHRISTOS ou o ESPÍRITO DA VERDADE. 

E agora, Senhor Primaz, expusemos muito respeitosamente a você os pontos principais de divergência e desacordo que existem entre a teosofia e as igrejas cristãs, e mostramos a unidade entre a teosofia e os ensinamentos de Jesus.  

Você viu a nossa profissão de fé, e conheceu quais são os nossos protestos e as nossas queixas contra o cristianismo dogmático. Nós, um punhado de indivíduos humildes, que não possuímos riquezas materiais nem influência sobre o mundo, mas somos fortes no nosso conhecimento, estamos unidos na esperança de cumprir a tarefa que você diz que lhe foi confiada pelo seu MESTRE, mas que é tão tristemente negligenciada por esse colosso opulento e dominador – a Igreja Cristã.  

Nós nos perguntamos se você chamará isso de presunção. Será que, nesta terra de liberdade de pensamento, de palavra e de ação, você não nos responderá exceto pelo anátema habitual que a Igreja reserva para todo reformador? Ou podemos esperar que as amargas lições da experiência, obtidas no passado pelas Igrejas devido a esta política, terão mudado o coração e iluminado o espírito dos seus dirigentes; e que o próximo ano, de 1888, verá os cristãos estender-nos a mão com toda a simpatia e boa-vontade? Isso seria apenas o reconhecimento de que o grupo relativamente pequeno chamado de Sociedade Teosófica não é pioneiro do Anti-Cristo, nem fruto do Maldoso, mas, o ajudante prático, talvez o salvador da Cristandade, e que só está se esforçando por fazer a obra que Jesus - assim como Buddha e os outros “filhos de Deus” que o precederam - recomendou a  todos os seus seguidores que realizassem, mas que as Igrejas, tendo-se tornado dogmáticas, são inteiramente incapazes de fazer.

E agora, se Sua Graça puder provar que somos injustos em relação à Igreja da qual você é o Chefe, ou em relação à teologia popular, prometemos reconhecer publicamente nosso erro. Contudo - “QUEM CALA CONSENTE”.


NOTAS:

[1] Marcos, 4:11; Mateus, 13:11; Lucas, 8:10.
[2] “Religion: A Retrospect and Prospect,” in the Nineteenth Century, Vol. XV, número 83, Janeiro 1884.
 
00000000000000000000 
 
Quando esta carta foi publicada, em 1887, o arcebispo de Cantuária era Edward White Benson. O texto acima faz parte da edição em 15 volumes dos “Collected Writings” (“Escritos Reunidos”), de H. P. Blavatsky, publicados pela editora TPH, Adyar, Índia, volume VIII, pp. 268-283. Uma primeira tradução do texto, feita pelo teosofista português Humberto Álvares da Costa,  apareceu na revista “Portugal Teosófico”, número 76, de 1999, pp. 7 a 12.  Em dezembro de 2009, associados da Loja Unida de Teosofistas (LUT) fizeram a presente tradução especialmente para o website www.filosofiaesoterica.com. Durante o trabalho, foi consultada a versão de Álvares da Costa, com autorização do teosofista português.

Fonte: "mailing"  www.filosofiaesoterica.com .

Sonho de construir estação espacial lunar está mais próximo da realidade



Cientistas descobriram que a água é abundante tanto no interior quanto fora da Lua. Ou seja, segundo os especialistas, isso melhora as nossas chances de estabelecer uma presença no satélite em longo prazo.

A descoberta foi feita depois que investigadores americanos analisaram uma rocha de basalto subjacente a superfície da Lua, que se formou por fluxos de lava bilhões de anos atrás e foi trazida de volta a Terra pela missão Apollo 14 1971.

Na verdade os cientistas encontraram evidências de íons hidróxido – moléculas com carga negativa idênticas às da água – mas ainda falta um átomo de hidrogênio.

Usando um método de digitalização conhecido como espectrometria de massa de íons secundários, eles encontraram hidrogênio na forma de hidróxido, um parente químico próximo da água, em um mineral chamado apatita. Segundo os cientistas, se você aquecer a apatita, os íons vão se decompor e sair como água.

A equipe da descoberta diz que ela fornece boas evidências para a presença de água no interior da Lua, de onde algumas rochas lunares foram derivadas.

Isso demonstra uma relação química e geológica entre a Terra e a Lua maior do que a anteriormente conhecida. A presença de água na Lua poderia significar que um assentamento humano no satélite não é tão inverossímil. Atualmente, o esforço sairia muito caro – custa em torno de 50 mil reais para levar apenas um litro de água da Terra para lá.

Mas se os cientistas desenvolverem processos para recuperar facilmente esta água das rochas lunares, e transformá-la em água potável e em combustível, um assentamento humano na lua não está fora de alcance. [Telegraph


.

Novas descobertas supreendentes sobre o Sol

http://hypescience.com/wp-content/uploads/2010/07/solfoto.jpg

Rápida ficha técnica sobre o super astro que nos mantém vivos: está no centro do sistema que leva seu nome, seu diâmetro é de 1.392.000 km (quase 110 vezes maior que a Terra), sua massa é de 2 × 1030 quilos (cerca de 330 mil vezes mais pesado que o nosso planeta), a temperatura da superfície é de 5500 graus centígrados e a luz demora 8 minutos e 19 segundos para chegar de lá até aqui.
Apesar de nem sempre termos esses números na ponta da língua, todos sabem que o Sol é muito grande, muito quente e muito distante daqui. Mas cientistas do Instituto de Astrofísica das Ilhas Canárias ainda estão descobrindo novos fatos escondidos sob a fachada flamejante da nossa grande estrela.
Um dos enigmas que ainda divide os cientistas diz respeito à composição do Sol. Até pouco tempo atrás, a ideia seguinte era quase uma unanimidade: no núcleo do Sol, átomos de Hidrogênio se fundem e formam cerca de 75% da massa, dando origem a elementos mais pesados, tais como Hélio, principalmente, mas também Carbono, Nitrogênio e Oxigênio, além de expelir energia para a superfície.
Pesquisas recentes, no entanto, indicam que existe muito menos desses outros elementos do que se pensava. O fato de a composição química do Sol ser diferente daquela que os cientistas tiveram em mente até hoje pode ser um divisor de águas na Astronomia, porque muda o modo como se estudam as estrelas em geral.
A atmosfera solar está sendo minuciosamente estudada. Devido à quantidade de dados oriundos de diferentes centros de pesquisa, ainda vai levar um tempo para que a comunidade científica chegue a um consenso, afinal, sobre o quanto há de Hidrogênio e de ouros elementos na composição do Sol. Mas o fato é que o assunto está em evidência.
No final da década de 1850, os cientistas descobriram que existem, nos raios solares, certas linhas escuras. Desde então, se sabe que essas linhas escuras representam a presença de determinados elementos na atmosfera Solar, já que absorvem a radiação que deveria chegar até nós. Assim, quanto maior for a faixa negra no raio de sol, maior a quantidade de tal elemento. O desafio, então, é saber de qual elemento se trata.
Durante milhões de anos, a fusão do Hidrogênio no núcleo solar converte parte desse hidrogênio em hélio, e depois em elementos mais pesados, chamados pelos astrônomos de “metais”, embora alguns sejam gases, como Oxigênio e Nitrogênio. A porcentagem desses “metais” na composição total, que nos anos 90 foi concebida pelos cientistas como sendo de 2% do total do Sol, está sendo colocada em dúvida.
A partir de novos testes a partir dessas linhas escuras, os cientistas estão chegando à conclusão que a proporção dos “metais” é 40% menor do que se pensava. Assim, todos os elementos além de Hidrogênio e Hélio formam apenas 1,4% da composição solar.
Pouco se conhece sobre a maneira como o Sol é formado. Os modelos anteriores dividem o Sol em camadas, assim como a Terra, em que é possível ver as divisões. Este modelo, no entanto, está sendo considerado muito simplório pela nova astronomia, que considera que há transferências constantes de massa e energia de camadas externas para as internas, e vice-versa. Isso torna essa divisão mais complexa, e dá origem a um modelo tridimensional do Sol.
Outros indicadores estão sendo utilizados nos novos estudos. Um deles é o das ondas sonoras, que são emitidas graças a turbulências provocadas pelo Hélio. São espécies de “terremotos” na superfície solar, que também passam dados importantes aos astrônomos. O Sol passa a ser estudado com mais cuidado, mas ainda não se sabe exatamente o quanto do que for descoberto sobre ele também pode ser aplicado às demais estrelas da Via Láctea. [Scienc News]

Cientistas descobrem primeiro planeta com cauda

http://hypescience.com/wp-content/uploads/2010/07/cometario.jpg

Cientistas descobriram o primeiro “planeta cometário”, astro que possui uma enorme cauda – uma fila de gás que vai sendo soprada dele por ventos solares a uma velocidade de 70 mil km/h.
Esse planeta está localizado a cerca de 153 anos-luz da Terra. Batizado de HD 209458b, ele orbita seu sol a uma distância 100 vezes menor do que Mercúrio do Sol. Isso faz com que ele tenha uma órbita de 3,5 dias de duração. Para você ter uma idéia, Mercúrio, que tem a menor órbita do nosso sistema, tem um ano de 88 dias.
Pelo novo planeta estar tão próximo do seu sol, os ventos estelares estão destruindo sua atmosfera e formando essa cauda (sua temperatura estimada é de cerca de 1100 graus Celsius). Cientistas teorizam que matéria lançada de um planeta para o espaço por ventos estelares formariam uma estrutura similar desde 2003 – mas só agora encontraram prova disso. [Gizmodo]

Área em Marte pode abrigar criaturas fossilizadas


Pesquisadores identificaram rochas que poderiam ter sido formas de vida marcianas há muito tempo atrás. A equipe de cientistas estava analisando a área conhecida como Nili Fossae quando fez a descoberta.

O trabalho deles revelou que a área é muito similar a uma região da Austrália, onde algumas das mais antigas evidências do início vida na Terra foram encontradas, preservadas em forma mineral.

Os cientistas, do Instituto de Pesquisa de Inteligência Extraterrestre (Seti, na sigla em inglês) nos Estados Unidos, acreditam que o mesmo processo hidrotermal que acontece na Terra quando os fósseis são preservados poderia ter acontecido nesse local de Marte. As rochas “suspeitas” possuem mais de 4 bilhões de anos de idade.

Quando os cientistas descobriram carbonato nessas rochas em 2008 a comunidade científica ficou extasiada. Carbonato é, basicamente, a substância que é resultante da decomposição de material orgânico (vivo). E, por muito tempo, acreditou-se que essa substância provava que o planeta vermelho, algum dia, abrigou vida.

Nessa nova pesquisa, os cientistas do Seti levaram o estudo de carbonato em Marte um passo adiante. Adrian Brown, um dos pesquisadores responsáveis pela descoberta, usou luz infravermelha de um satélite da Nasa que orbita Marte para analisar melhor as rochas. Segundo o cientista, foram encontrados formatos na rocha chamados “stromatolitos” que só poderiam ter sido formados se micróbios agissem no material. Brown afirma que apenas criaturas vivas poderiam ter deixado esse tipo de rastro, já que não há nenhum processo geológico conhecido que conseguiria produzir o mesmo efeito.

A região de Nili Fossae deve ser visitada por uma sonda na Nasa, que pousará em Marte em 2011 e, só então, com uma melhor análise do material, a descoberta de fósseis marcianos poderá ser confirmada.[BBC]


Quer falar com ETs? Tente da maneira mais simples


“Alô alô, marciano, aqui quem fala é da Terra”… Quem nunca imaginou convesar com extraterrestres da mesma forma que falamos com nossos conhecidos aqui em nosso planeta? Cientistas chegaram à conclusão de que, se aliens vierem a emitir ondas de informações, elas seriam mais simples do que eles imaginavam. O mesmo vale para nós, terráqueos, na tentativa de fazer contato com seres de outros planetas.

Há 50 anos, as pessoas observavam o céu com telescópios de rádio, na esperança de detectar sinais de vida extraterrestre inteligente. Até agora, porém, os esforços de SETI (sigla para “Busca de Inteligência Extraterrestre, em inglês) revelaram-se infrutíferas. Agora, alguns cientistas creem que esse tipo de sinal pode não ser o que os aliens captam, por serem de um custo muito elevado.

“Seja qual for a forma de vida, a evolução sempre aponta para a economia de recursos. Para essa transmissão de sinais através de anos-luz seriam necessários recursos consideráveis”, explica o pesquisador Gregory Benford, astrofísico da Universidade da Califórnia e premiado escritor de ficção científica.

Assumindo que os aliens se esforçam para otimizar custos e usam tecnologias de sinalização mais eficiente, Benford e seu irmão gêmeo, James, físico especialista na tecnologia de microondas de alta potência, sugerem que os sinais não seriam emitidos em todas as direções. Seria mais provável que extraterrestres enviassem as informações em questão de forma mais simples e direta.

“É como se esperássemos que eles viessem se comunicar conosco com ‘Guerra e Paz’ e eles viessem de forma menos complicada como no ‘Twitter’”, compara James Benford, fundador e presidente da Micro-ondas Sciences Inc., na Califórnia. 
[msnbc]


quinta-feira, 29 de julho de 2010

Absurdo: Coletar água da chuva agora é ilegal nos Estados Unidos

Direto dos EUA, por Débora Brunnet
29/07/2010


Mike Adams: Coleta de água da chuva agora é ilegal em muitos estados norte americanos. Reivindicações do governo de propriedade sobre nossos recursos hídricos.


Muitas das liberdades que desfrutamos aqui no os E.U. estão erodindo rapidamente, como a nação se transforma a partir da terra da liberdade para a terra dos escravizados, mas o que eu estou prestes a compartilhar com você toma o ataque contra as nossas liberdades de todo um novo nível. 
Você pode não estar ciente disso, mas muitos países ocidentais, incluindo Utah Washington e Colorado, há muito tempo baniu indivíduos de recolher águas pluviais em suas próprias propriedades, porque, de acordo com os funcionários, a chuva pertence a outra pessoa.

Tão bizarro que pareça, leis que restringem os proprietários de "desviar" a  água que cai em suas próprias casas e terrenos foram para nos livros por algum tempo em muitos países ocidentais. Só recentemente, com as secas e renovado interesse em métodos de conservação de água têm se tornado mais comum, têm os indivíduos e os empresários que começaram com a aplicação da lei sobre a prática de recolha de águas pluviais para uso pessoal.


Este artigo é somente um trecho da matéria e foi traduzido de forma simples pelo "google translator"


quarta-feira, 28 de julho de 2010

Descoberta: Terremoto Espacial



Cientistas descobrem novo fenômeno natural


Utilizando dados de uma frota de cinco satélites científicos, pesquisadores da Nasa descobriram uma nova manifestação de clima espacial. O fenômeno é produzido pelo vento solar ao atingir a magnetosfera da Terra e por sua semelhança ao que ocorre no solo, foi batizado de "terremoto espacial".


terremoto espacial versus terremoto

De modo bem simplificado, um terremoto espacial (ou spacequake) é um forte tremor no campo magnético da Terra e que apesar de ser observado com mais intensidade na órbita do planeta, não é exclusivo do espaço e seus efeitos podem se propagar por todo o caminho até a superfície.

"As reverberações magnéticas podem ser detectadas em todo o globo, da mesma forma que os sismômetros detectam um grande terremoto", disse Vassilis Angelopoulos, principal investigador dos dados dos satélites THEMIS e ligado à Universidade da Califórnia, em Los Angeles.

No entender de Evgeny Panov, do Instituto de Pesquisas da Áustria, "essa analogia é excelente, pois a energia total contida em um spacequake pode até superar a energia contida em um terremoto de magnitude 5 ou 6". Os resultados do trabalho de Panov já haviam sido reportados em abril de 2010 na edição do periódico científico Geophysical Research Letters.


Em 2007, a equipe THEMIS descobriu o precursor dos spacequakes. A ação tem início na cauda magnética da Terra, que se estende como uma biruta à mercê dos intensos ventos solares de quase 2 milhões de km/h. Segundo o estudo, em algumas ocasiões essa cauda se estica tanto que em dado momento se rompe como um elástico. O resultado é que o plasma do vento solar armazenado na cauda é "estilingado" em direção à Terra.

Em mais de uma ocasião, os cinco satélites THEMIS estavam exatamente na linha de fogo quando os jatos de plasma foram arremessados e ajudaram os cientistas a compreender melhor o fenômeno.

"Agora entendemos o que aconteceu", disse o diretor do projeto THEMIS, David Sibeck, do Centro Espacial Goddard, da Nasa. "Os jatos de plasma disparam os spacequakes, é isso o que ocorre".


Fluxo repetitivo de repercussão
De acordo com o cientista, os jatos se chocam contra o escudo magnético da Terra a 30 mil quilômetros acima do equador. O impacto desencadeia um processo de repercussão em que o plasma que entra salta para cima e para baixo no reverberante campo magnético. Esse processo foi chamado de "fluxo repetitivo de repercussão" e pode ser comparado a uma bola de tênis saltando para cima e para baixo sobre um piso acarpetado. "O primeiro salto é grande, seguido por uma série de saltos menores que diminuem à medida a energia é dissipada no tapete", explicou Sibeck.

"Há muito tempo já suspeitávamos de algo parecido, mas somente com os novos dados é que o processo se tornou realmente fantástico", disse o cientista. "A maior surpresa foi a descoberta de vórtices de plasma, gigantescos redemoinhos de gás magnetizado, tão grandes quanto à Terra - girando à beira do campo magnético trêmulo do planeta".

"Quando os jatos de plasma atinge a magnetosfera interior, vórtices em sentido oposto aparecem e desaparecem nas laterais dos jatos", explica Rumi Nakamura, coautor do estudo junto ao Instituto de Pesquisas da Áustria. "Acreditamos que esses vórtices podem gerar intensas correntes elétricas nas proximidades Terra".

Agindo em conjunto, vórtices e spacequakes podem ter efeitos perceptíveis na Terra. De acordo com o estudo, a cauda dos redemoinhos pode conduzir partículas carregadas em direção à atmosfera da Terra, provocando auroras e ondas de ionização que perturbam as comunicações de rádio e GPS. Ao atingir a superfície do campo magnético, podem induzir correntes elétricas no solo, com profundas consequências na rede de distribuição de energia elétrica.

Antes da descoberta dos jatos e spacequakes, um grupo de cientistas do Laboratório Nacional de Los Alamos, liderado pelo pesquisador Joachim Birn, haviam conduzido simulações relacionadas ao processo de rebote na magnetosfera e os resultados já haviam demonstrado a possibilidade da existência do fenômeno, agora comprovado. Além disso, as simulações sugeriam que o processo de rebote poderia ser visto a partir da superfície da Terra na forma de auroras e redemoinhos luminosos na alta atmosfera.

"O trabalho não está terminado e ainda temos muito a aprender, disse Sibeck. "Ainda não sabemos como os vórtices giram em torno da Terra e como eles interagem. Até que tamanho pode ter um vórtice? Qual a intensidade máxima de um spacequake?. Esse é um processo bastante complicado, mas agora tudo começa a se encaixar", completou.



Artes: No topo, gráfico compara dois eventos de grande magnitude: Terremotos terrestres e terremotos espaciais. Segundo as novas descobertas, os spacequakes podem liberar tanta energia quanto um terremoto de forte intensidade. No lado esquerdo vemos os registros de um spacequake ocorrido em 14 de julho de 2000. Conhecido como "Evento Dia da Bastilha", o terremoto espacial foi provocado por uma das mais violentas explosões solares já registradas, com índice KP=9, de extrema intensidade. Acima, vídeo mostra o "fluxo repetitivo de repercussão" (rebote) e como o vento solar dispara os spacequakes. Crédito: Nasa/Walt Feimer/Goddard's Scientific Visualization Lab./Apolo11.

Direitos Reservados
Ao utilizar este artigo, cite a fonte usando este link:
Fonte: Apolo11 - http://www.apolo11.com/spacenews.php?posic=dat_20100728-093317.inc