"As únicas coisas novas são aquelas que foram esquecidas." (autor desconhecido)

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terça-feira, 30 de novembro de 2010

NASA anuncia entrevista coletiva para 02 de dezembro sobre achados em astrobiologia


BN004385  30 de novembro de 2010  17:26 HORALOCAL


PR Newswire - 30 de novembro - A NASA vai realizar uma coletiva de imprensa às 14:00 EST na quinta-feira, 2 de dezembro, para discutir um achado em astrobiologia, que terá impacto sobre a busca por evidências de vida extraterrestre. Astrobiologia é o estudo da origem, evolução, distribuição e futuro da vida no universo.

A entrevista coletiva será realizada no auditório da sede da NASA , em Washington. Haverá também transmitissão ao vivo pela NASA TV e pelo site da agência http://www.nasa.gov
 

Para ver o release completo, acesse: http://migre.me/2BzIO

 
Fonte: NASA

Saiba mais clicando aqui

NASA pode ter descoberto vida extraterrestre

A NASA anunciou que na próxima quinta-feira, dia 2, organiza uma conferência de imprensa sobre "Astrobiologia", para discutir "uma descoberta que terá um enorme impacto na procura de vida extraterrestre". 
17:33 Terça feira, 30 de Novembro de 2010 
Mais tarde ou mais cedo a notícia chegará.
Será no próximo dia 2?
A NASA publicou ontem no seu site a informação de uma conferência de imprensa sobre "Astrobiologia".
"Astrobiologia é o estudo da origem, evolução, distribuição e vida futura no universo" lê-se na informação sobre a conferência que irá decorrer na próxima quinta-feira, dia 2 de dezembro , que também adianta os participantes.
O currículo desses participantes levanta agora a questão: qual a "descoberta astrobiológica" que motivou a NASA a convocar uma conferência de imprensa?
Quem irá discursar na conferência
Para além de Mary Voytek, diretora do Programa Astrobiológico da NASA, estará presente Felisa Wolf-Simon, uma oceanógrafa que já escreveu uma longa lista de artigos sobre fotossíntese baseada em arsénio e a sua implicação na evolução de espécies.
Também irá discursar Pamela Conrad, uma geobiologista que em 2009 publicou um ensaio sobre a geologia e a hipótese de vida em Marte.
James Elser será outro dos cientistas participantes. Elser é um ecologista que integra o programa de astrobiologia "Follow the Elements", que investiga os elementos químicos em ambientes onde haja a possibilidade de evolução de seres vivos.
O último participante que consta da informação da NASA é Steven Benner, um biologista que faz parte da "Equipa Titan", o grupo da NASA responsável por explorar a maior das 62 luas de Saturno, a Titan. Benner também está envolvido na missão da sonda Cassini, que recentemente entrou na densa atmosfera da lua Rhea e recolheu amostras de oxigénio e dióxido de carbono.
Rhea contém elementos químicos necessários à vida
Estes últimos dados que mostraram a existência de oxigénio e dióxido de carbono foram divulgados na última sexta-feira. A sonda Cassini encontrou pela primeira vez vestígios destes dois elementos químicos diretamente na atmosfera noutro mundo, neste caso na segunda maior lua de Saturno, o astro Rhea.
Dada a proximidade com o anúncio da próxima conferência, presume-se que o assunto da conferência esteja relacionado com a descoberta da última sexta-feira, ou seja, a densa atmosfera de uma das luas de Saturno contém os elementos químicos necessários para a formação de vida extraterrestre.
Mas são apenas suposições, já que existe um embargo sobre mais informação sobre a conferência até... quinta-feira.
São conhecidos os vários cortes nos fundos das missões da NASA e talvez o evento de quinta-feira sirva para reforçar os factos divulgados na passada sexta-feira e seja uma forma de reunir verbas para continuar com o projeto Titan. Quem quiser poderá acompanhar a conferência em direto através do site da NASA .
A NASA é reconhecida por vários fracassos nos últimos anos e a última grande conferência de imprensa que a agência espacial acolheu foi para "apenas" anunciar a presença de um buraco negro perto da nossa galáxia.

click aqui e veja mais sobre o evento

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Orientação para quem dirige

Não gosto de publicar informações "negativas", embora esta já deve ter sido rodada o planeta, justamente por se tratar de HUmanos com intenções de se beneficiar do próximo com o apoio de fendas na lei. Uma lástima!


.......de certa forma é uma utilidade pública.......

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ORIENTAÇÃO PARA QUEM DIRIGE CARRO!!!!!!!

 

ISSO ACONTECE MESMO !!!


Abalroamento com moto não é colisão. É atropelamento.

É um aviso das Seguradoras:

Como advogados sempre nos indagam de coisas parecidas, sugerimos o seguinte:
Registrar, fotografar (agora com celular é fácil até fazer um filminho), pegar nome de testemunhas. ...

Aviso das seguradoras:
Leiam o relato abaixo, de um sinistro com um de nossos segurados:

"No mês de abril, o carro do meu filho foi abalroado na TRASEIRA, num farol fechado, por uma motoqueira com outra na garupa. A moto caiu e a garupa ficou com a perna embaixo da moto.

Meu filho filmou a placa da moto e obteve telefone com a garupa.
Telefone inexistente.

Um funcionário da CET, que estava próximo, acionou o resgate e a motoqueira mandou cancelar.

Como ela não quis ser socorrida, o marronzinho pediu para que saíssem do local, sem antes orientar meu filho de que seria interessante registrar um BO. Foi o que fizemos na mesma tarde.

Um mês depois, recebi telefonema "em casa" da dita cuja, querendo fazer um acordo, dizendo que o conserto da moto estava por volta de R$ 800,00 e que a garupa machucou muito a perna, estando 20 dias sem poder trabalhar.

Por ela não ter aceito o atendimento do resgate, disse que não teria acordo nenhum.

Mais um mês se passou (Junho) e recebi uma intimação policial, na minha casa, para me apresentar no distrito de Perdizes para prestar depoimento, por "OMISSÃO DE SOCORRO".

Chegando lá, soubemos que havia sido registrado um BO e elas tinham passado, 4 dias depois, no IML para fazer exame de corpo de delito.

Fizemos os depoimentos, meu filho como condutor, eu como proprietário do veículo, o carro passou por perícia policial e o caso está com minha advogada para provar que não houve omissão de socorro.
Felizmente o nosso BO foi feito antes do delas e tinhamos o nome do policial que atendeu a ocorrência, bem como sabíamos a hora exata que o chamado do resgate foi cancelado. Mesmo assim, a dor de cabeça e trabalheira estão sendo grandes".

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Agora, leiam atentamente o texto abaixo:


Aviso das seguradoras

Todas as vezes que os senhores se envolverem em acidente de trânsito, cujo terceiro seja um motoqueiro, façam o BO (boletim de ocorrência), independentemente de serem culpados ou não.

Têm ocorrido fatos em que o motoqueiro é o culpado e tenta fazer um acordo no local, diz que está bem e não quer socorro médico.

Só que, depois, ele vai a um distrito policial, registra o BO e alega que o veículo fugiu do local sem prestar socorro, cobrando, na justiça, dias parados, conserto da moto, etc

Na maioria dos casos, as testemunhas do motoqueiro são outros motoqueiros.

Isto é um fato, pois está ocorrendo com muita freqüência Portanto, não caia na conversa do motoqueiro, que diz não ter acontecido nada.

Em um dos casos recentes a pessoa envolvida foi até a delegacia registrar BO e, eis que, quando chega à delegacia, lá estavam os tais amigos do motoqueiro tentando registrar BO de ausência de socorro.

ISTO É MUITO IMPORTANTE !!!

QUEM NÃO FOR MOTORISTA, REPASSE AOS AMIGOS.

ABALROAMENTO EM MOTO NÃO É COLISÃO. É ATROPELAMENTO!

PONHA ISSO NA CABEÇA!

OLHO VIVO!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Hipnose: Prática se revela eficaz na medicina e na psicologia

Hipnose fora do palco

Essa prática milenar tem se revelado eficaz no tratamento de problemas físicos e psicológicos e seus benefícios e propriedades têm sido validados por vários estudos científicos, que também buscam entender sua atuação no cérebro.

Por: Isabela Fraga
Diferentemente do que se pensa, a hipnose é um estado de alta concentração mental, em que o indivíduo não perde a consciência e se lembra de tudo o que aconteceu (foto: Alex Eylar / CC BY NC 2.0).
Por séculos associada a shows, mágica e misticismo, a hipnose agora se revela como uma técnica eficaz em variados procedimentos médicos, psicológicos e laboratoriais.

Seja no alívio da dor, no controle de ansiedade e estresse ou no tratamento de fobias e outros problemas psíquicos, os benefícios e propriedades da hipnose têm sido validados por uma série de estudos científicos, que buscam também entender como é sua atuação no cérebro.

Ainda há muitas questões em aberto, mas uma tendência é clara: a hipnose deve abandonar o palco para se inserir cada vez mais nos consultórios e laboratórios de pesquisa.

A hipnose deve abandonar o palco para se inserir cada vez mais nos consultórios e laboratórios de pesquisa

Um homem de fraque e bigode balança um relógio de bolso na sua frente, repetindo monotonamente as mesmas frases. “Você está ficando relaxado... Seus olhos estão fechando...”

Em poucos minutos, você imita uma galinha, dança mambo ou faz alguma outra bizarrice na frente de uma enorme plateia – e não se lembra de nada depois. Se é assim a sua imagem da hipnose, você não é o único. A prática milenar ainda tem uma aura mística e é associada por muitos à submissão ao outro.

Nas palavras da psiquiatra e neurocientista Célia Cortez, pesquisadora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e atual presidente da Associação Brasileira de Hipnose (ASBH), a hipnose nada mais é do que “um estado de alta concentração mental, no qual a percepção das sensações sofre alterações em níveis variados, sem que o indivíduo perca a consciência do ‘aqui e agora’”.

Na prática, isso significa que: não se fica inconsciente, lembra-se de tudo o que aconteceu e, mais importante, não se faz nada que não se faria em estado de alerta.

A ideia de que basta o hipnotista mandar o paciente realizar alguma atividade para ele de fato fazê-la é uma falácia: o senso crítico não desaparece, nem os valores morais e éticos. “A hipnose não é uma atividade autoritária, mas colaborativa”, frisa Cortez.

'Lição clínica no hospital da Salpêtrière', tela de 1887 do pintor francês Pierre-André Brouillet (1857-1914) que retrata uma aula de hipnose.
Em um estado de consciência modificado – como é o da hipnose –, também os processos cognitivos são alterados. Por isso, nas últimas décadas, pesquisas científicas têm revelado que essa prática é bastante útil nos mais variados ambientes: médico, psiquiátrico, odontológico e também em salas de cirurgia e laboratórios de pesquisa – neste último, como forma de ajudar a conhecer o cérebro humano. A hipnose é regulamentada pelos conselhos federais de medicina, odontologia e psicologia.

Na psicologia, a hipnose é usada no tratamento de fobias, traumas, ansiedade, depressão, angústia, disfunções sexuais e outros problemas psíquicos.

A chamada hipnose clínica pode ter papel coadjuvante no tratamento de disfunções neuromusculares, doenças autoimunes, psicossomáticas e no alívio de dores

Na medicina, a chamada hipnose clínica pode ter papel coadjuvante no tratamento de disfunções neuromusculares, doenças autoimunes, psicossomáticas e no alívio de dores, principalmente as fibriomiálgicas (musculares) e as causadas por cânceres.

“É um recurso potente para otimizar os efeitos dos medicamentos”, afirma Cortez. No Hospital São Camilo, em São Paulo, por exemplo, a hipnose anestésica já é utilizada para acalmar e sedar pacientes antes de procedimentos e exames que podem causar estresse, como ressonâncias magnéticas.

No entanto, se as aplicações clínicas da hipnose vêm sendo vastamente estudadas há décadas, os processos cerebrais que a envolvem eram um completo mistério. Pesquisas nesse sentido, principalmente nos últimos dez anos, tornaram possível hoje ter uma melhor ideia de quais regiões cerebrais são ativadas e desativadas durante a hipnose.

Assim, confirma-se uma dúvida que ainda pairava mesmo no meio científico e acadêmico: a hipnose, afinal, não é apenas imaginação fértil ou atuação teatral. Ela de fato altera os processos bioquímicos do cérebro.

Essa constatação aponta estudos da neurociência para duas direções principais: a primeira, chamada pesquisa intrínseca, busca entender os mecanismos da hipnose e da sugestão no cérebro para compreender sua atuação.

A segunda, denominada pesquisa instrumental, utiliza a hipnose como uma forma de estudar processos cognitivos específicos, uma vez que o sujeito hipnotizado pode ser sugestionado a ativar áreas isoladas do cérebro.



terça-feira, 16 de novembro de 2010

Mistério no céu do Tauá assusta moradores

Domingo, 14/11/2010, 02h24

Existem mais coisas no céu e na Terra, Horácio, que a tua filosofia jamais sonhou". A frase, presente na peça original "Hamlet", obra atribuída ao escritor inglês William Shakespeare, é repetida, erradamente, é verdade, há séculos pelo mundo. Mas é usada eventualmente quando fenômenos inexplicáveis e intrigantes são presenciados por alguém ou, em alguns casos, por várias pessoas.

Desde a noite de 25 de outubro passado, a frase dita pelo príncipe dinamarquês Hamlet ao amigo Horácio exemplifica muito bem a experiência vivida por moradores de três comunidades de Santo Antonio do Tauá. Naquela noite, dezenas de pessoas das comunidades de Vila dos Remédios, Santa Rita e Tracuateua da Ponta foram acordadas com a aparição de dois objetos voadores não identificados (Ovnis). O avistamento das supostas naves causou medo e perplexidade entre as testemunhas.

O acontecimento suscitou as lembranças de outro fato ocorrido entre os anos de 1977 e 1978, na região dos municípios de Colares, Vigia, e na Baía do Sol, em Mosqueiro, no sul do estado do Maranhão e no próprio município de Santo Antônio do Tauá. O fenômeno ufológico popularmente conhecido como "Chupa-Chupa" se tornou um dos fatos mais espantosos para a ufologia mundial.

O acontecimento na época fez com que a própria Força Aérea Brasileira e o 1º Comando Aéreo Regional (1º Comar) desencadeasse a "Operação Prato". Somente 20 anos depois, alguns detalhes dessa operação foram revelados em uma entrevista dada pelo seu comandante, o capitão Uyrangê Hollanda.

Até hoje, passados mais de 30 anos, a Aeronáutica não liberou as informações do relatório feito pelo capitão Hollanda e sua equipe. O material é composto por relatos das vítimas, fotos e filmes em 8mm coletados pelos militares durante o período.

MEDO

A população das três comunidades de Santo Antonio do Tauá teme que os fatos relacionados ao Chupa-Chupa possam voltar. O medo predomina. Os sentimentos são de surpresa ou fascínio para quem presenciou a aparição dos Ovnis. Há receio de serem vítimas de chacotas ou tratados como "caboclos ignorantes", em razão de muita gente acreditar que se tratava de aviões que sobrevoaram as localidades.

Mas, para Maria Lúcia Luz da Conceição, de 52 anos, o que ela viu "jamais poderia ser um avião. Eu conheço um avião", diz. Ela conta que, por volta das 22h30 do dia 25 de outubro, estava dormindo quando foi acordada por um zumbido estranho. "Meu marido entrou no quarto e eu fiquei com muito medo. Minhas pernas não mexiam e, quando consegui me levantar, acabei me batendo. Fui até a janela e vi aquela luz quase em cima de casa. Disse: 'Meu Deus! Esse avião vai cair'. Mas não era avião. Ia bem devagarzinho com aquela luz forte, depois foi para cima das árvores. Não podia ser um avião", enfatiza.

TVS FORA DO AR

Outro fato evidenciado pelos moradores de Vila dos Remédios foi a interferência que a presença dos objetos causaram em aparelhos eletrônicos. "As televisões saíram do ar. Ficou só aquele chuvisco. Quando fui ver, pensei que eles iam descer na piçarreira. Vi dois objetos e eles não faziam barulho de avião. Um deles seguiu e se afastou. O outro deu a volta por trás da mangueira, depois voltou em direção do outro objeto e foram embora", relata Manoel da Conceição, marido de Maria da Luz.

O escritor e ufólogo Daniel Rebisso Giese é autor do livro "Vampiros Extraterrestres na Amazônia". De edição independente, foi a primeira publicação a abordar o fenômeno Chupa-Chupa. Com a experiência de mais de 30 anos como pesquisador e estudioso de fenômenos ufológicos, como repórter de revistas especializadas no assunto e como conferencista, ele defende o que ocorreu nas localidades de Santo Antônio do Tauá, devido à interferência em equipamentos eletrônicos, é considerado pela ufologia como um contato de 2º grau.

"Nesses casos, quando há interferências, acredita-se que eles [extraterrestres] estão transmitindo algum tipo de mensagem. Alguma mensagem eles deixaram ali", afirma.

Duas novas aparições essa semana em Santo Antônio

Na última quarta-feira, 10, a equipe do DIÁRIO esteve nas localidades de Tracuateua da Ponta, Santa Rita e Trombetas e conseguiu um novo relato de aparições de um Ovni ocorrido na semana passada. O outro avistamento foi o de um casal de irmãos adolescentes. Na primeira aparição dos OVNIs, eles estavam no carro da família e foram seguidos por quase cinco minutos por uma das aeronaves. Eles puderam observar com detalhes a base da suposta nave. Até hoje os dois irmãos não conseguem esquecer o que ocorreu e só dormem na companhia dos pais.

A família Barata estava reunida na varanda da casa de Terezinha Barata, avó de Marison Luan Barata Rabelo, de 13 anos, e Luciane da Costa Barata, de 15, montando uma árvore de Natal e conversando. No primeiro contato, a mãe dos adolescentes ficou relutante em deixar que eles falassem sobre o fato ocorrido em 25 de outubro. "Muita gente não acredita e eles pode ser tratados como mentirosos. Além disso, meu filho é menor e não pode dirigir o carro", argumentou Luciane Rabelo, de 32 anos.

A família de evangélicos não esquece o que ocorreu e recorda como os dois irmãos chegaram à casa. "Eles estavam muito assustados, nervosos. Até hoje eles não conseguem dormir sozinhos. Têm de dormir comigo e meu marido", afirma a mãe.

Meio ressabiados, os dois irmãos relataram o que viram naquela noite. "Pensamos que era um avião que ia cair, porque estava muito baixo. Vinha pelo meio das árvores descendo. Paramos o carro e vimos ele levantar de novo. Eu vi um 'x' torto embaixo da nave. De longe, parecia um ônibus cheio de luzes. Aí desceu com tudo na mata. Estava em cima das árvores, longe, uns 50 metros do carro", recorda Luciane. "Ele foi se aproximando da estrada. Era arredondado embaixo com luzes do lado que ficavam vermelhas, azuis e amarelas. Era muito maior que o carro. Deu duas voltas em torno do carro e quando ia dar a terceira volta desligamos o motor. Eu disse pro meu irmão para irmos embora. Daí ele sumiu de repente. Quando chegamos aTracuateua, várias pessoas estavam fora de casa vendo as naves".

O mais recente avistamento ocorreu na última segunda-feira, 8. O microempresário Ronaldo Silva Souza, de 32 anos, conta que vinha fazendo brincadeiras e "encarnando" em amigos e moradores da Vila dos Remédios. "Esse pessoal tá ficando é doido", dizia. "Parece que não sabe o que é um avião", falou para um amigo. Eu estava achando que era mentira, que queriam aparecer", frisou Ronaldo. Mas o que ocorreu na noite da última segunda-feira dificilmente ele vai esquecer.

Ronaldo vinha para Belém e combinou com um amigo, Nazareno, para levá-lo até Santo Antônio do Tauá, onde pegaria um ônibus para Belém. Eram por volta das 18h30 e choveu no caminho. Pararam em uma área coberta e depois seguiram viagem. "Estavamos na estrada do ramal do 23 e vínhamos conversando. Já era quase 19h. Uma hora, virei o rosto pro lado para poder ouvir o que ele estava falando. Quando olhei para as árvores, vi aquele negócio", relembra Ronaldo.

O microempresário se assustou e avisou Nazareno. "Vi o objeto fixo no meio da copa das árvores. Tinha um foco forte e luzes que mudavam de cor. Não era helicóptero, Ficamos com medo, nos afastamos e esperamos ver se subia ou travessava a estrada. Mas não vimos mais nada, nem o tamanho.

Aparições diferentes do Chupa-Chupa

Para o ufólogo Daniel Rebisso, os casos de 1977 e 1978 em Colares e outras cidades fazem parte da fenomenologia ufológica. Porém, ele ressalta que os relatos atuais são outros, comparados aos ocorridos 33 anos atrás. Ou seja: não ocorreram fatos semelhantes ao fenômeno Chupa-Chupa. "Essa região faz parte desse cenário de avistamentos. Mas hoje está tudo globalizado. Se ocorresse algo como em 77, todo mundo saberia. A coisa seria difundida rapidamente. Isso tudo [aparições] não deve se fixar na materialidade, e sim na impressão espiritual de quem a vivencia. Hoje há muitos vídeos na internet. Mas quando há muitos detalhes, engenharia, a gente sabe que não são fenômenos ufológicos. O pensamento deles é muito diferente", argumenta Rebisso.

Daniel diz que alguns estudiosos da ufologia apostam que os OVNIs e seus supostos tripulantes estão aqui para nos observar, ver as mudanças e a evolução do homem. "Desde 1950, após a Segunda Guerra Mundial, eles têm aparecido sempre de forma evasiva, sem muito contato. Não se deixam tocar", destaca.

"São sinais no céu. Temos Nostradamus, 2012 chegando [há uma profecia do povo Maia que diz que em 2012 ocorrerá um grande cataclisma que destruirá a Terra]. Pode ser o sinal que alguma coisa está por vir. Mas o que vale muito mais que uma foto é a experiência de cada um. Eles estão querendo suscitar questionamentos e preparar os homens para dizer que não estamos sós no universo", conclui.

A assessoria da Aeronáutica foi contatada para emitir uma nota, via e-mail, sobre a movimentação de aeronaves sobre Santo Antônio do Tauá no dia 25 de outubro. Até o fim da edição de ontem não houve resposta.

ENTENDA O CHUPA-CHUPA

O município de Santo Antônio do Tauá fica a 36 quilômetros da sede de Colares, município paraense que ficou famoso no após os relatos de um fenômeno ufológico ocorrido nos anos de 1977 e 1978, conhecido como Chupa-Chupa - o apelido dado pela população paraense às ocorrências de supostos ataques de extraterrestres ocorridos em Colares. As vítimas do Chupa-Chupa relatavam que feixes de luz disparados por OVNIs machucavam as pessoas. As lesões se assemelhavam com "furos" feitos por queimaduras. Muitos dos ataques ocorriam mais de uma vez ao dia. Daí a expressão "Chupa-Chupa".

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Míssil disparado dos EUA é completo mistério

Um helicóptero da CBS, rede televisiva norte-americana, filmou o disparo de um míssil na costa oeste dos EUA, mas nem o Pentágono nem a Marinha conhecem a autoria do lançamento do projétil.

Jorge Fonte (www.expresso.pt)
21:00 Terça feira, 9 de Novembro de 2010

Míssil nos céus da Califórnia deixa rasto de suspense
A estação televisiva norte-americana KCBS, uma filial da CBS, filmou ontem, através de um dos seus helicópteros, o lançamento de um míssil no oceano Pacífico, possivelmente através de um submarino, ao largo da costa de Los Angeles, nos EUA.

A CBS contactou oficiais do Pentágono, que negaram saber a origem do disparo. Entraram depois em contacto com a Força Aérea, que não adiantou muito mais, e com a Marinha, que também negou a autoria do disparo.

A Base Aérea Vandenberg, na Califórnia, lançou na última sexta-feira o Delta II, o foguete que irá colocar em órbita um satélite italiano, mas desde então não houve mais nenhuma atividade, segundo um sargento americano.

Outra estação televisiva, a KFMB, mostrou imagens do lançamento do projétil a Robert Ellsworth, antigo delegado do Secretário da Defesa, que pediu aos americanos para esperarem pela resposta dos militares.

No entanto, Ellsworth, quando questionado sobre qual o motivo que poderá estar na origem do disparo, revelou que "pode ser um teste de um míssil intercontinental através de um submarino... para mostrar, sobretudo à Ásia, aquilo que podemos fazer."


Bolhas gigantes de energia encontradas na galáxia intrigam astrônomos

10/11/2010 - 11h18 

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Há algo ocorrendo no centro da galáxia, e os astrônomos não sabem ainda dizer o que é.

O telescópio de raios gama Fermi, da Nasa (agência espacial norte-americana) revelou uma estrutura até então desconhecida bem no centro da Via Láctea.

As duas bolhas com limites bem definidos e emissoras de raios gama se estendem por 25 mil anos-luz para o norte e para o sul do centro galático e reúnem uma energia equivalente a cem mil explosões de supernovas.

As origens das bolhas ainda são um mistério para os cientistas. "Não entendemos completamente sua natureza ou origem", disse astrônomo Doug Finkbeiner, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian Center em Cambridge (EUA).

Imagina-se que possam ser remanescentes de uma erupção de um burraco negro ou que são alimentadas por uma sucessão de nascimentos e mortes de estrelas no interior da galáxia.

O estudo será publicado no "The Astrophysical Journal".

Nasa/Divulgação

Folha


2º ENCONTRO CÓSMICO DO CIRCUITO DAS ÁGUAS PAULISTA
22/01/2011 - SERRA NEGRA - SP
Info: www.fabioeventos.com.br
http://www.youtube.com/watch?v=GBiVbNlYRNA

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Chuva de aliens

Leve-me ao Seu Líder

Extraterrestres estão por trás de uma tempestade de sangue na Índia, dizem cientistas. É sério

por Tiago Cordeiro

ETs caíram do céu. Essa é a conclusão dos físicos Godfrey Louis e Santosh Khumar, da Universidade Mahatma Gandhi, na Índia. Tudo começou entre julho e setembro de 2001. Foi quando choveu vermelho em uma região do país deles . As roupas das pessoas ficaram manchadas de algo que lembrava sangue. Desde então, eles tentam entender o que provocou aquilo. E agora, em 2006, publicaram o resultado de suas pesquisas: a chuva vermelha continha células alienígenas. Células para valer, capazes de se reproduzir e tudo. "No começo pensamos que poderia ser algas ou pólen. Quando olhamos as partículas no microscópio, percebemos que elas têm o tamanho de células sanguíneas de mamíferos", disse Godfrey à SUPER. Mas a hipótese era esquisita. Seria preciso muito sangue para provocar as 50 toneladas de partículas que os dois cientistas estimam ter caído em dois meses. Foi então que eles descobriram: poucas horas antes da primeira chuva vermelha, moradores da região ouviram um estrondo no céu. O físico acredita que o barulho pode ter sido a explosão de um meteoro. Se foi isso mesmo, as células teriam chegado de carona na rocha e se diluído na chuva. Mais: os estudos mostraram que elas são feitas de 50% de carbono e 45% de oxigênio (as células terráqueas também são ricas nesses elementos), não têm DNA e são muito machos: se reproduzem sob temperaturas de até 300 ºC. Mas esses resultados não são conclusivos. Outros laboratórios precisam comprová-los para que haja certeza. Aí, quem sabe, a ciência poderá dizer que não, não estamos sozinhos.





2º ENCONTRO CÓSMICO DO CIRCUITO DAS ÁGUAS PAULISTA
22/01/2011 - SERRA NEGRA - SP
Info: www.fabioeventos.com.br
http://www.youtube.com/watch?v=GBiVbNlYRNA

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Krishnamurti: Liberte-se do Passado - 16


Décima Sexta Parte
A Revolução Total - A Mente Religiosa - A Energia - A Paixão

Em todas as páginas deste livro, o que sempre nos interessou foi a realização, em nós mesmos e, por conseguinte, em nossas vidas, de uma revolução total fora da estrutura social ora existente. A sociedade, como atualmente está constituída, é uma coisa horripilante, com suas intermináveis guerras de agressão - não importa se agressão defensiva ou ofensiva. Necessitamos de uma coisa totalmente nova, de uma revolução, uma mutação na própria psique. O velho cérebro nenhuma possibilidade tem de resolver o problema humano das relações. O velho cérebro é asiático, europeu, americano ou africano, e, assim, interrogamos a nós mesmos se é possível operar-se uma mutação nas próprias células cerebrais.

Investiguemos, também, agora que chegamos a compreender-nos melhor, se é possível a um ente humano que vive sua vida normal de cada dia, neste mundo brutal, violento, cruel - um mundo que se está tornando cada vez mais eficiente e, por conseguinte, cada vez mais cruel - se é possível a esse ente humano promover uma revolução não só em suas relações externas, mas também em toda a esfera do seu pensar, sentir, agir e reagir.

Todos os dias vemos ou lemos coisas aterradoras que estão acontecendo no mundo, como resultado da violência no homem existente. Podeis dizer: "Eu nada posso fazer a esse respeito", ou "Como posso influir no mundo?". Eu acho que podeis influir no mundo de uma maneira admirável se em vós mesmo não sois violento, se viveis realmente, em cada dia, uma vida pacífica, uma vida sem competição, sem ambição, sem inveja, uma vida não causadora de inimizade. Pequenas chamas podem tornar-se em incêndio. Reduzimos o mundo ao seu atual estado de caos com nossa atividade egocêntrica, nossos preconceitos, nosso nacionalismo, e quando dizemos que nada podemos fazer a tal respeito, estamos aceitando como inevitável a desordem em nós mesmos existente. Partimos o mundo em fragmentos e, se nós mesmos estamos partidos, fragmentados, nossa relação com o mundo será também fragmentária. Mas se, quando agimos, agimos totalmente, então a nossa relação com o mundo passa por uma enorme revolução.

Afinal de contas, todo movimento que vale o esforço, toda ação de profunda significação, tem de começar em cada um de nós. Eu tenho de mudar primeiro; tenho de ver qual é a natureza e a estrutura de minha relação com o mundo - e no próprio ato de ver está o fazer - por conseguinte, como ente humano que vive neste mundo, devo criar uma coisa diferente, e essa coisa, a meu ver, é a mente religiosa.

A mente religiosa difere completamente da mente que crê na religião. Não podeis ser religioso e ao mesmo tempo hinduísta, muçulmano, cristão, budista. A mente religiosa nada busca, não pode fazer experiências com a verdade. A verdade não é uma certa coisa ditada por vosso prazer ou vossa dor, ou por vosso condicionamento hinduísta - ou qualquer que seja a religião a que pertenceis. A mente religiosa é um estado de espírito em que não há medo e, por conseguinte, não há crença de espécie alguma, porém, tão-só o que ê, o que realmente é.

Na mente religiosa há aquele estado de silêncio que já examinamos, que não é produzido pelo pensamento, mas é oriundo do percebimento, ou seja da meditação com completa ausência do meditador. Nesse silêncio há um estado de energia isento de conflito. Energia é ação e movimento. Toda ação é movimento e toda ação é energia. Todo desejo é energia. Todo sentimento é energia, todo pensamento é energia. Todo viver é energia. Toda vida é energia. Se se deixa essa energia fluir sem nenhuma contradição, nenhum atrito, nenhum conflito, ela é então ilimitada, infinita. Quando não há atrito, não há limites à energia. O atrito é que dá limites à energia. Assim, percebido isso, por que é que o ente humano sempre introduz o atrito na energia? Por que cria atrito, nesse movimento a que chamamos vida? A energia pura, a energia ilimitada é para ele apenas uma idéia? Não tem realidade?

Necessitamos de energia, não só para promovermos a revolução total em nós mesmos, mas também para podermos investigar, olhar, atuar. E, enquanto houver atrito, de qualquer natureza, em qualquer de nossas relações, seja entre marido e mulher, seja entre um homem e outro, entre uma e outra comunidade, ou uma e outra nação, ou uma ideologia e outra - se há qualquer atrito, interior ou exterior, em qualquer forma, por mais sutil que seja - há desperdício de energia.

Enquanto houver um intervalo de tempo entre o observador e a coisa observada, esse intervalo criará atrito e, por conseguinte, desperdício de energia. Essa energia se acumula até o mais alto grau quando o observador é a coisa observada, e nisso não há nenhum intervalo de tempo. Haverá então energia sem motivo, a qual encontrará seu próprio canal de ação, porque, então, o EU não existe.

Necessitamos de uma enorme abundância de energia para compreender a confusão em que estamos vivendo, e o sentimento "tenho de compreender" produz a vitalidade necessária para a compreensão. Mas, o descobrir, o investigar, implica o tempo, e, como já vimos, o gradual descondicionamento da mente não é a maneira certa de proceder.

O tempo também não é o caminho certo. Quer sejamos velhos, quer jovens, é agora que o integral processo da vida pode ser levado a uma dimensão diferente. A busca do oposto do que somos não é, tampouco, o caminho certo e também não o é a disciplina artificial imposta por um sistema, por um instrutor, um filósofo ou sacerdote; tudo isso é muito infantil. Ao percebermos isso, perguntamos a nós mesmos: "Será possível libertarmo-nos imediatamente desta secular e pesada carga de condicionamento, sem cairmos noutro condicionamento - sermos livres, com a mente completamente nova, sensível, viva, alertada, intensa, capaz?". Eis o nosso problema. Não há outro problema, porque, quando a mente se renova é capaz de enfrentar e resolver qualquer problema, É essa a única pergunta que temos de fazer a nós mesmos.

Mas, nós não a fazemos. Preferimos ser ensinados. Um dos aspectos mais curiosos da estrutura de nossa psique é o querermos, todos nós, ser ensinados, porquanto somos o resultado de uma propaganda de dez mil anos. Queremos ver o nosso modo de pensar confirmado e corroborado por outrem, ao passo que fazer uma pergunta é fazê-la a nós mesmos. O que eu digo tem muito pouco valor. Vós o esquecereis no mesmo instante em que fechardes este livro, ou vos lembrareis de algumas frases, as quais ficareis repetindo, ou comparareis o que aqui lestes com o que lestes noutro livro; não quereis olhar de frente a vossa própria vida. E só ela é que importa: a vossa vida, vós mesmo, vossa mediocridade, vossa superficialidade, vossa brutalidade, vossa violência, vossa avidez, vossa ambição, vossa diária agonia e infinito sofrer; é isso que tendes de compreender, e ninguém, nem na terra, nem no céu, pode salvar-vos, senão vós mesmo.

Vendo tudo o que se passa em vossa vida diária, em vossas atividades cotidianas, quando escreveis, quando falais, quando sais de carro ou passeais a sós numa floresta, podeis, num só alento, num só olhar, conhecer a vós mesmo, muito simplesmente, tal como sois? Quando vos conhecerdes como sois, compreendereis então toda a estrutura da luta do homem - seus embustes, suas hipocrisias, sua busca. Para tanto, tendes de ser sumamente honesto perante vós mesmo, em todo o vosso ser. Quando agis de acordo com vossos princípios, estais sendo desonesto, porque, quando agis conforme o que julgais ser correto, não sois o que sois. É uma coisa brutal - ter ideais. Se tendes ideais, crenças ou princípios de qualquer espécie, não podeis de modo nenhum olhar-vos diretamente. Portanto, podeis ser completamente negativo, manter-vos inteiramente tranqüilo, sem pensar, sem temer, e ao mesmo tempo estar extraordinariamente, apaixonadamente, vivo?

Aquele estado em que a mente já não é capaz de lutar constitui a verdadeira mente religiosa, e, nesse estado mental, podeis encontrar-vos com essa coisa denominada verdade ou realidade ou bem-aventurança ou Deus ou beleza ou amor. Essa coisa não pode ser chamada. Por favor, compreendei esse simples fato. Ela não pode ser chamada, não pode ser buscada, porque vossa mente é tão estúpida e limitada, vossas emoções tão vulgares, vossa maneira de vida tão confusa, que aquela imensidade, aquela coisa ilimitada não pode ser chamada a vossa pequena casa, ao insignificante canto em que viveis, tão pisado e cuspido. Não podeis chamá-la. Para a chamardes, deveis conhecê-la, e vós não podeis conhecê-la. No momento em que alguém, não importa quem, diz: "Sei" - não sabe. No momento em que dizeis que achastes, não achastes. Se dizeis que a experimentastes, nunca a experimentastes. Tudo isso são maneiras de explorar um homem - vosso amigo ou inimigo.

Perguntamos então, a nós mesmos, se é possível encontrar-nos com essa coisa sem a chamarmos, sem a esperarmos, sem a buscarmos ou explorarmos - se é possível ela "acontecer", tal como a brisa fresca que entra na sala quando deixamos a janela aberta. Não podeis convidar o vento a entrar, mas tendes de deixar aberta a janela - o que não significa ficar num estado de espera; essa é uma outra maneira de nos enganarmos. Não significa que devais "abrir-vos" para receber; essa é uma outra forma de pensamento.

Nunca perguntastes a vós mesmo por que aos entes humanos falta essa coisa? Eles geram filhos, satisfazem o sexo, têm ternuras, a capacidade de compartilhar as coisas num estado de companheirismo, de amizade, de camaradagem, mas essa coisa - por que razão não a tem? Nunca vos ocorreu, num momento de folga - ao andardes sozinho por uma rua imunda, ao viajardes num ônibus, ao passardes umas férias à beira-mar, ao passeardes numa floresta, entre os pássaros, as árvores, os regatos, os animais selvagens - nunca vos ocorreu perguntar por que razão o homem, que vive há milhões e milhões de anos, ainda não possui essa coisa, essa flor maravilhosa e imarcescível; por que razão vós, um ente humano, dotado de tanta capacidade, tanta inteligência, tanta sutileza; vós, que tanto competis, que possuis uma tão maravilhosa tecnologia, que sois capaz de elevar-vos aos espaços e de descer ao fundo do mar, de inventar fantásticos cérebros eletrônicos - por que razão não possuis essa única coisa verdadeiramente importante? Não sei se alguma vez já considerastes seriamente esta questão: Por que está vazio o vosso coração?

Que responderíeis se fizésseis a vós mesmo essa pergunta; qual seria vossa resposta imediata, inequívoca, sem sutilezas? Vossa resposta deveria corresponder à intensidade com que fizésseis a pergunta, e ao vosso sentimento de urgência; mas vós não sois intenso, nem sentis aquela urgência, e isso porque não tendes energia, a energia que é paixão - pois nenhuma verdade se pode descobrir sem paixão - paixão impelida por intenso fervor, paixão sem nenhum desejo secreto. A paixão é uma coisa um tanto assustadora, porque, se tendes paixão, não sabeis aonde ela vos levará.

Assim, será o medo a razão por que não possuis a energia daquela paixão, para descobrirdes por vós mesmo por que vos falta aquela essência do amor, por que não arde em vosso coração essa chama? Se examinastes com muita atenção vossa mente e vosso coração, sabereis por que não a tendes. Se sois apaixonado, no descobrir por que não a possuis, ela se vos mostrará. Só pela negação completa, a mais alta forma da paixão, torna-se existente aquela coisa que é õ amor. Como a humildade, não podeis cultivar o amor. A humildade vem à existência com a total cessação da presunção - e, então, jamais sabereis o que é ser humilde. O homem que sabe o que significa ter humildade é um homem vaidoso. Do mesmo modo, quando aplicais vossa mente e vosso coração, vossos nervos, vossos olhos, todo o vosso ser, a descobrir o caminho da vida, a ver o que realmente é, e a ultrapassá-lo, a rejeitar total e completamente a vida que hoje vivemos - nessa negação do maléfico, do brutal, torna-se existente a outra coisa. E nunca o sabereis. O homem que sabe que está em silêncio, o homem que sabe que ama, não sabe o que é o amor ou o que é o silêncio.

Textos de J.Krishnamurti em Português

(FIM)

Meteoros pequenos ameaçam mais que os grandes


Se você preocupa-se com corpos celestes que possam cair sobre nossa atmosfera, vamos fazer um esclarecimento. Quando falamos em asteróides, as grandes ameaças não são as grandes pedras. Pelo contrário; astrônomos explicam que os maiores danos na Terra, se acontecerem, são causados por pequenos meteoritos.

Acredita-se que tenha sido esse o caso do chamado “Evento de Tunguska”, que aconteceu em 1908. Na ocasião, uma gigantesca bola de fogo foi avistada no céu, seguida por maciça e desconhecida explosão. O impacto arrasou uma região da Sibéria (Tunguska é o lago onde supostamente teria caído o meteoro), felizmente desabitada, e cientistas crêem ter sido o impacto de um meteorito. A teoria não é unânime por falta de provas concretas: não foi achada nenhuma cratera no chão que pudesse indicar exatamente o ponto em que o meteoro caiu, e suposições semelhantes ainda são motivo de discussão.

Um dos aspectos que tornam os pequenos meteoros é o fator surpresa. São mais difíceis de detectar, e causam destruição desproporcional às previsões. E esse fenômeno não é tão raro quanto parece: ano passado, uma ilha da Indonesia foi alvo de um meteorito que causou um impacto equivalente a uma explosão de 110 toneladas de TNT. A cada 12 anos, em média, é registrado um evento como esse na Terra.

O mecanismo de tais meteoritos é o que os americanos chamam de “air buster”. Ao invés de causarem impacto ao cair no chão, explodem no ar e amplificam sua devastação (este é o princípio, por exemplo, da bomba atômica), mas por sorte os maiores incidentes, até hoje, aconteceram em áreas quase desabitadas. Os cientistas afirmam que, estatisticamente, nosso próximo contato com um corpo celeste será dessa maneira. Resta torcer para que não caia no meio de uma cidade. [Space.com]


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2º ENCONTRO CÓSMICO DO CIRCUITO DAS ÁGUAS PAULISTA
22/01/2011 - SERRA NEGRA - SP
Info: www.fabioeventos.com.br
http://www.youtube.com/watch?v=GBiVbNlYRNA

Nasa divulga primeiras imagens captadas do cometa Hartley 2

Eram exatamente 12h31 pelo horário de Brasília quando os cientistas do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, JPL, romperam o silêncio e passaram a comemorar. E não era para menos. Depois de diversos minutos enviando apenas dados de telemetria, a sonda Deep Impact passou a enviar as primeiras imagens do cometa Hartley 2, a mais de 32 milhões de quilômetros de distância.

As imagens haviam sido feitas momentos antes, quando a sonda atingiu o ponto de maior aproximação do cometa, mas devido a orientação da antena com relação à Terra as imagens não puderam ser transmitidas ao vivo.

À medida que a sonda se aproximava do cometa, imagens e dados captados eram armazenados na memória interna da espaçonave e oito minutos depois da máxima aproximação o computador interno da sonda reorientou a antena de alto ganho, passando a enviar os dados de telemetria. As imagens começaram a ser enviadas apenas 20 minutos depois e foram captadas pela gigantesca antena de 70 metros de largura localizada no deserto de Mojave, na Califórnia, que faz parte da Rede do Espaço Profundo.

"Trabalhamos muito durante todos esses dias. Demos um duro danado, mas é muito bom ver o Hartley 2 tão de perto", disse Tim Larson, diretor da missão EPOXI junto ao JPL.

Durante a aproximação a sonda viajou sem enviar sinais telemétricos e as primeiras estimativas mostram que a Deep Impact se aproximou a cerca de 700 km de distância da superfície do cometa. Segundo o JPL, os valores exatos só serão conhecidos após a leitura dos dados enviados, o que poderá ocorrer ainda hoje.


As primeiras imagens mostram um objeto bastante irregular e muito claro, com algumas variações de cinza na tonalidade. Jatos de gás parecem ser ejetados da região inferior do cometa enquanto outro fluxo maior de partículas congeladas parece ser soprado na direção oposta ao movimento.

Em breve novas imagens deverão ser divulgadas.


Foto: Primeira imagem do cometa Hartely 2 após a aproximação da sonda Deep Impact. No vídeo, um resumo da missão e como foi a aproximação do cometa Harley 2. Crédito: Nasa/JPL


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Fonte: Apolo11 - http://www.apolo11.com/cometa_73p.php?posic=dat_20101104-144814.inc





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Krishnamurti: Liberte-se do Passado - 15

Décima Quinta Parte
A Experiência - A Satisfação - A Dualidade - A Meditação


Todos nós desejamos experiências de alguma natureza: a experiência mística, a religiosa, a sexual, a experiência de possuir muito dinheiro, poder, posição, domínio. Tornando-nos mais velhos, podemos ter acabado com as exigências de nossos apetites físicos, porém exigimos experiências mais amplas, profundas, significativas e tentamos, por vários meios, obtê-las: expandindo a nossa consciência, por exemplo, o que com efeito é uma arte, ou tomando drogas de toda espécie. Este é um velho expediente, existente desde tempos imemoriais - mastigar um pedaço de folha ou experimentar o mais novo produto químico, a fim de provocar uma alteração temporária na estrutura das células cerebrais, uma sensibilidade maior e uma percepção mais intensa que proporcione um simulacro da realidade. Essa exigência de sucessivas experiências denota a pobreza interior do homem. Pensamos que por meio delas podemos fugir de nós mesmos, mas essas experiências são condicionadas pelo que somos. Se a mente é mesquinha, ciumenta, ansiosa, a pessoa poderá tomar a mais moderna droga, porém só verá sua própria e insignificante criação, as projeções sem importância de seu próprio fundo condicionado.

A maioria exige experiências completamente satisfatórias e duradouras, que não possam ser destruídas pelo pensamento. Assim, atrás dessa exigência, está o desejo de satisfação, e esse desejo de satisfação dita a experiência; por conseguinte, temos de compreender não só essa matéria de satisfação, mas também a coisa que se experimenta. Ter uma grande satisfação é experimentar um grande prazer; quanto mais duradoura, profunda e ampla a experiência, tanto mais agradável e, portanto, o prazer dita a forma de experiência que queremos; o prazer é justamente a medida com a qual avaliamos a experiência. Tudo o que é mensurável encontra-se nos limites do pensamento e tem a propriedade de criar a ilusão. Podeis ter experiências maravilhosas e vos sentirdes completamente frustrado. Tereis inevitavelmente visões em conformidade com vosso condicionamento; vereis o Cristo ou o Buda ou outro qualquer em quem credes, e quanto mais crente fordes, tanto mais intensas serão as vossas visões, as projeções de vossas exigências e ânsias.

Assim, se na busca de uma coisa fundamental, tal como a verdade, o prazer é a vossa medida, já projetastes o que a experiência será e, por conseguinte, ela já não é válida.

Que entendemos por experiência? Há nela alguma coisa nova ou original? A experiência é um feixe de memórias reagindo a um desafio, e só pode reagir de acordo com o passado, e quanto mais hábil fordes no interpretar a experiência, tanto mais reage esse passado. Assim, deveis questionar não só â experiência de outrem, mas também a vossa própria. Se não reconheceis uma experiência, não há experiência nenhuma. Toda experiência já foi experimentada, senão não a reconheceríeis. Reconheceis que uma experiência é boa, má, bela, sagrada etc., conforme o vosso condicionamento e, por conseguinte, o reconhecimento de uma experiência tem de ser inevitavelmente velho.

Quando exigimos uma experiência da realidade - como todos nós a exigimos, não? - para experimentá-la, devemos conhecê-la e, tão logo a reconhecemos, já a projetamos e, portanto, ela não é real, porquanto está ainda no âmbito do pensamento e do tempo. Se o pensamento pode pensar sobre a realidade, isso não pode ser a realidade. Não se pode reconhecer uma experiência nova. É impossível. Só reconhecemos aquilo que já conhecemos e, por conseguinte, quando dizemos que tivemos uma nova experiência, ela não é absolutamente nova. A busca de mais experiência pela expansão da consciência, como se tem feito por meio de várias drogas psicodélicas, está ainda no campo da consciência e, por conseguinte, é muito limitada.

Descobrimos, pois, uma verdade fundamental, ou seja que a mente que está a buscar e a ansiar por experiências mais amplas e profundas é uma mente muito superficial e embotada, porquanto está sempre vivendo com suas memórias.

Agora, se não tivéssemos experiência alguma, que nos aconteceria? Dependemos de experiências, de desafios, para nos mantermos despertos. Se não houvesse conflito em nosso interior, se não houvesse mudanças, perturbações, estaríamos todos dormindo a sono solto. Assim, os desafios são necessários à maioria das pessoas; pensamos que, sem eles, a mente se tornará estúpida e pesada e, por conseguinte, dependemos de um desafio, de uma experiência, para termos mais animação, mais intensidade, para termos uma mente mais penetrante. Mas, com efeito, essa dependência dos desafios e das experiências, para nos conservarmos despertos, só torna a nossa mente mais embotada ainda; não nos mantém realmente despertos. Assim, pergunto a mim mesmo: "É possível nos mantermos totalmente despertos - não superficialmente, em alguns pontos de meu ser, porém totalmente despertos, sem nenhum desafio ou experiência?" Isso exige uma grande sensibilidade, tanto física como psicológica; significa que devo estar livre de todas as exigências, porque, no momento em que exijo uma experiência, a terei. E, para ficar livre da exigência de satisfação, torna-se necessária uma investigação de mim mesmo e uma compreensão total da natureza da exigência.

Toda exigência nasce da dualidade: "Sou infeliz, e tenho de ser feliz". Nessa própria exigência - tenho de ser feliz - está a infelicidade. Quando uma pessoa se esforça para ser boa, nesse próprio ser bom está o seu oposto - ser mau. Tudo o que se afirma contém o seu próprio oposto; e o esforço que se faz para dominá-lo torna mais forte aquilo contra que se luta. Quando exigis uma experiência da verdade ou da realidade, essa própria exigência nasceu de vosso descontentamento com o que ê; por conseguinte, a exigência cria o oposto. No oposto está o que foi. Temos, pois, de ficar livres dessa incessante exigência, porquanto, do contrário, nunca se acabará a galeria da dualidade. Isso significa conhecer a si próprio de maneira tão completa que a mente não mais se ponha a buscar.

A mente, então, não exige experiência; não pode pedir ou conhecer um desafio; não diz "Estou dormindo", "Estou acordada". Ela é, toda ela, o que é. Só a mente frustrada, limitada, superficial, condicionada, está sempre a buscar o mais. Será possível, então, viver neste mundo sem o mais - sem essa perene comparação? É, decerto, mas temos de descobri-lo por nós mesmos.

A investigação completa dessa questão é meditação. Esta palavra tem sido empregada, tanto no Oriente como no Ocidente, de uma maneira muito lamentável. Há diferentes escolas de meditação, diferentes métodos e sistemas. Certos sistemas ensinam: "Observa os movimentos do dedo grande de teu pé, observa-o, observa-o, observa-o"; outros advogam o ficar sentado numa certa postura, respirando regularmente ou praticando o percebimento. Tudo isso é completamente mecânico. Outro método dá-vos uma certa palavra, e vos diz que, se ficardes repetindo essa palavra, ela vos proporcionará uma certa experiência fundamental, extraordinária. Isso é puro absurdo. É uma forma de auto-hipnose. Se ficardes repetindo indefinidamente Amém ou Hun ou Coca-Cola, é óbvio que tereis uma certa experiência, porque, pela repetição, a mente se aquieta. Esse é um fenômeno bem conhecido, praticado há milhares de anos na índia; chama-se Mantra Ioga. Pela repetição pode-se induzir a mente a tornar-se branda e macia, entretanto ela continua pequenina, vulgar, mesquinha. O mesmo efeito se obteria com apanhar no jardim um pedaço de pau, colocá-lo sobre a lareira, e oferecer-lhe todos os dias uma flor. Daí a um mês o estaríeis adorando, e se deixásseis de depositar uma flor diante dele, isso seria um pecado.

Meditação não é seguir um sistema; não é repetição e imitação constantes. Meditação não é concentração. Um dos truques de certos instrutores de meditação é insistirem em que os seus discípulos aprendam a concentração, ou seja fixar a mente num pensamento e expulsar todos os outros pensamentos. Essa é uma das coisas mais estúpidas e mais maléficas, e qualquer colegial é capaz de fazê-la, se obrigado a tal. Significa que ficais empenhado numa contínua batalha entre a obrigação de vos concentrardes, a um lado, e a vossa mente, a outro lado, que se põe a fugir para outras e variadas coisas - quando, ao contrário, devemos estar atentos a cada movimento da mente, aonde quer que ela vá. Quando vossa mente foge, isso significa que estais interessado em alguma outra coisa.

A meditação exige uma mente sobremodo vigilante; a meditação é a compreensão da totalidade da vida, na qual não existe mais nenhuma espécie de fragmentação. Meditação não é controle do pensamento, porque, quando o pensamento é controlado, gera conflito na mente; mas, quando se compreende a estrutura e origem do pensamento, assunto que já examinamos, o pensamento então não mais interfere. Essa compreensão da estrutura do pensar é sua própria disciplina, que é meditação.

Meditação é estar cônscio de cada pensamento e de cada sentimento, nunca dizer que ele é certo ou errado, porém simplesmente observar e acompanhar seu movimento. Nessa vigilância, compreendeis o movimento total do pensamento e do sentimento. E dessa vigilância vem o silêncio. O silêncio criado pelo pensamento é estagnação, coisa morta, porém o silêncio que vem quando o pensamento compreendeu a sua própria origem, sua própria natureza, compreendeu que nenhum pensamento é livre, porém sempre velho - esse silêncio é meditação, na qual o meditador está de todo ausente, porque a mente se esvaziou do passado.

Se lestes este livro durante uma hora, isso é meditação. Se apenas recolhestes umas poucas palavras e juntastes algumas idéias, para sobre elas refletirdes mais tarde, isso então já não é meditação. Meditação é um estado em que a mente olha todas as coisas com toda a atenção e não apenas com algumas partes dela. Ninguém pode ensinar-vos a prestar atenção. Se algum sistema vos ensina a estar atento, estais então atento ao sistema, e isso não é atenção. A meditação é uma das maiores artes da vida - talvez a maior de todas - mas não se pode de modo nenhum aprendê-la de alguém - e essa é que é a sua beleza. Ela não tem técnica e, por conseguinte, nenhuma autoridade. Quando estais aprendendo a conhecer-vos realmente, quando vos observais, observais vossa maneira de andar, de comer, o que dizeis, vossas tagarelices, vosso ódio, vosso ciúme, se estais cônscio de tudo isso, em vós mesmo, sem nenhuma escolha, isso faz parte da meditação.

Assim, a meditação pode verificar-se quando estais sentado num ônibus ou passeando numa floresta toda de luz e de sombra, ou ouvindo o canto dos pássaros, ou olhando o rosto de vossa mulher ou de vosso filho.

Na compreensão dada pela meditação há amor, e o amor não é produto de sistemas, de hábitos, da observância de um método. O amor não pode ser cultivado pelo pensamento. O amor pode, talvez, nascer quando há silêncio completo, um silêncio no qual esteja de todo ausente o meditador; e a mente só é capaz de silêncio quando compreende seu próprio movimento como pensamento e sentimento. Para se compreender esse movimento de pensamento e de sentimento, não pode haver condenação enquanto se observa. Observar dessa maneira é disciplina, e essa qualidade de disciplina é fluida, livre, e assim não é a disciplina do ajustamento.

Textos de J.Krishnamurti em Português

Krishnamurti: Liberte-se do Passado - 14

Décima Quarta Parte
Os Fardos do Passado - A Mente Tranqüila - A Comunicação - A Realização - Disciplina - O Silêncio - A Verdade e a Realidade

Na vida que em geral levamos há muito pouca solidão. Mesmo quando estamos sós, nossa vida está tão repleta de influências, de conhecimentos, de memórias e experiências, de ansiedade, aflição e conflito, que nossa mente se torna cada vez mais embotada e insensível, funcionando numa monótona rotina. Estamos sós, alguma vez? Ou estamos transportando conosco todas as cargas de ontem?

Conta-se uma história interessante de dois monges que, caminhando de uma aldeia para outra, encontraram uma jovem sentada à margem de um rio, a chorar. Um dos monges dirigiu-se a ela, dizendo: "Irmã, por que choras?" E ela respondeu: "Estás vendo aquela casa do outro lado do rio? Eu vim para este lado hoje de manhã cedo e não tive dificuldade em vadear o rio; mas, agora ele engrossou e não posso voltar; não há nenhum barco". "Oh!" diz o monge, "isto não é problema" - e levantou nos braços a jovem e atravessou o rio, deixando-a na outra margem. E os dois monges prosseguem juntos a jornada. Passadas algumas horas, diz o outro monge: "Irmão, nós fizemos o voto de nunca tocar numa mulher. O que fizeste é um horrível pecado. Não sentiste prazer, uma sensação extraordinária, ao tocar uma mulher?" - E o outro monge responde: "Eu a deixei para trás há duas horas. Tu ainda a estás carregando, não é verdade?"

É isso o que fazemos. Carregamos nossos fardos a todas as horas; nunca morremos para eles, nunca os deixamos para trás. É só quando dispensamos a um problema toda a nossa atenção e o resolvemos imediatamente, sem o transportarmos para o dia seguinte, o minuto seguinte - é só então que há solidão. Então, ainda que estejamos numa casa cheia de gente, ou viajando num ônibus, temos solidão. E essa solidão denota uma mente nova, uma mente inocente.

Ter silêncio e espaço interiores é muito importante, porque implica liberdade para existir, mover-se, atuar, voar. Afinal de contas, a bondade só pode florescer onde há espaço, assim como a virtude só pode medrar quando há liberdade. Podemos ter liberdade política, mas, interiormente, não somos livres e, por conseguinte, não há espaço. Nenhuma virtude, nenhuma qualidade valiosa, pode funcionar ou medrar sem esse vasto espaço interior. E o espaço e o silêncio são necessários, pois apenas a mente que está só, livre de influências, de disciplinas, do controle de uma infinita variedade de experiências, é capaz de encontrar-se com algo totalmente novo.

Cada um de nós pode verificar diretamente que só há possibilidade de clareza quando a mente se encontra em silêncio. No Oriente, a finalidade da meditação é produzir um estado mental capaz de controlar o pensamento, o que é a mesma coisa que recitar constantemente uma oração para quietar a mente, esperando-se que, nesse estado, se compreenderão os problemas do indivíduo. Mas, a menos que sejam lançadas as bases, ou seja que se esteja livre do medo, livre do sofrimento, da ansiedade e de todas as armadilhas que armamos para nós mesmos, não vejo possibilidade de a mente ficar realmente quieta. Esta é uma das coisas mais difíceis de transmitir. A comunicação entre nós requer, não só que compreendais as palavras que estou empregando, mas também que ambas as partes, vós e eu, estejam tensas ao mesmo tempo, nem um momento mais cedo ou mais tarde, e sejam capazes de encontrar-se no mesmo nível. Essa comunicação não é possível quando estais interpretando o que estais lendo de acordo com vossos próprios conhecimentos, vosso prazer ou vossas opiniões, ou quando estais fazendo um tremendo esforço para compreender.

Um dos piores tropeços na vida - parece-me - é essa luta constante para alcançar, conseguir, adquirir. Desde a infância somos educados para adquirir e realizar; as próprias células cerebrais criam e exigem esse padrão de realização, a fim de terem segurança física, mas a segurança psicológica não se encontra no campo da realização. Exigimos segurança em todas as nossas relações, atitudes e atividades, mas, como já vimos, não existe realmente essa coisa chamada segurança. Se descobris, por vós mesmo, que não há nenhuma forma de segurança em qualquer espécie de relação - se percebeis que, psicologicamente, nada existe de permanente, esse percebimento vos proporciona uma maneira totalmente diferente de considerar a vida. É essencial, naturalmente, a segurança exterior - teto, roupa, comida - mas essa segurança exterior é destruída pela exigência de segurança psicológica.

O espaço e o silêncio são necessários para ultrapassarmos as limitações da consciência, mas, como pode ficar quieta uma mente que está perenemente ativa em seu próprio interesse? Podemos discipliná-la, controlá-la, moldá-la, mas essa tortura não torna a mente quieta; só a torna embotada. Evidentemente, o mero cultivo do ideal de ter uma mente quieta é sem valor, porque, quanto mais a forçamos, mais estreita e estagnada ela se torna. Qualquer forma de controle, tal como a repressão, só produz mais conflito. Assim, o controle e a disciplina exterior não constituem o caminho certo, e tampouco tem algum valor uma vida não disciplinada.

A vida de quase todos nós é exteriormente disciplinada pelas exigências da sociedade, pela família, por nosso próprio sofrimento, nossa própria experiência, pelo ajustamento a certos padrões ideológicos ou factuais, e essa forma de disciplina é a coisa mais maléfica que existe. A disciplina deve ser sem controle, sem repressão, sem nenhuma forma de medo. Como pode nascer essa disciplina? Não é - primeiro disciplina, depois liberdade; a liberdade está bem no começo, e não no fim. Compreender essa liberdade, que significa estar livre do ajustamento que a disciplina impõe, é disciplina. O próprio ato de aprender é disciplina (aliás, a própria raiz da palavra disciplina significa aprender), o próprio aprendizado transforma-se em clareza. A compreensão de toda a natureza e estrutura do controle, da repressão e da complacência, requer atenção. Não é necessário impor disciplina para estudar, pois já o ato de estudar cria sua própria disciplina, sem repressão de espécie alguma.

Para rejeitarmos a autoridade (referimo-nos à autoridade psicológica e não à autoridade da lei), rejeitarmos a autoridade de todas as organizações religiosas, de todas as tradições e da experiência, temos de ver por que, normalmente, obedecemos; temos, com efeito, de estudar isso. Esse estado exige que nos achemos livres da condenação, da justificação, da opinião, da aceitação. Ora, não podemos aceitar a autoridade, e estudá-la; isso é impossível. Para se estudar toda a estrutura psicológica da autoridade, cumpre exista liberdade dentro de nós mesmos. E quando a estamos estudando, estamos rejeitando toda a sua estrutura, e quando rejeitamos, essa própria rejeição é a luz da mente livre da autoridade. A negação de tudo o que tem sido considerado valioso - como a disciplina externa, a liderança, o idealismo - é estudá-lo; então, esse próprio ato de estudar não só é disciplina, mas a negação dela, e a própria negação é um ato positivo. Assim, estamos negando todas as coisas consideradas importantes para promover a quietação da mente.

Como vemos, não é o controle que leva à quietação. Tampouco está quieta a mente ao ter um objeto que de tal maneira a absorve que ela se perde nesse objeto. Isso é como dar a uma criança um brinquedo interessante; a criança se torna quieta, mas, tire-se-lhe o brinquedo e ela volta a fazer travessuras. Todos nós temos os nossos brinquedos que nos absorvem, e, por isso, pensamos que estamos muito quietos; mas, se um homem se dedica a uma certa forma de atividade, científica, literária ou qualquer outra, o brinquedo apenas o absorve e ele não está, em absoluto, totalmente quieto.

O único silêncio que conhecemos é o silêncio que vem quando cessa o barulho, o silêncio que vem quando o pensamento cessa; mas isso não é silêncio. O silêncio é coisa toda diferente, como a beleza, como o amor. Esse silêncio não é o, produto de uma mente quieta, não é o produto de células cerebrais que, tendo compreendido toda a estrutura, dizem: "Pelo amor de Deus, fica quieto!"; são, então, as próprias células cerebrais que produzem o silêncio, e isso não é silêncio. Tampouco é o silêncio produto da atenção em que o observador é o objeto observado; não há então atrito, mas isso não é silêncio.

Estais esperando que eu vos descreva o que é esse silêncio, a fim de poderdes compará-lo, interpretá-lo, levá-lo e enterrá-lo. Ele é indescritível. O que pode ser descrito é o conhecido, e o estado livre do conhecido só pode tornar-se existente quando há um morrer todos os dias para o conhecido, para os insultos, as lisonjas, para todas as imagens que tendes formado, para todas as vossas experiências: morrer todos os dias, para que as células cerebrais se tornem novas, juvenis, inocentes. Mas, essa inocência, esse frescor, essa "qualidade" de ternura e delicadeza não produz o amor; não é a "qualidade" da beleza ou do silêncio.

Aquele silêncio, que não é o silêncio do fim do barulho, é só um modesto começo. Ê como passar por um túnel estreito para se chegar a um oceano imenso, vasto, extenso - a um estado imensurável, atemporal. Mas isso não se pode compreender verbalmente, a menos que se tenha compreendido toda a estrutura da consciência e o significado do prazer, do sofrimento e do desespero, e as próprias células cerebrais se tenham tornado quietas. Então, talvez alcanceis aquele mistério que ninguém pode revelar-vos e nada pode destruir. Uma mente viva é uma mente quieta, uma mente viva é uma mente que não tem centro algum e, por conseguinte, não tem espaço nem tempo. Essa mente é ilimitada, e esta é a única verdade, a única realidade.

Textos de J.Krishnamurti em Português


terça-feira, 2 de novembro de 2010

Krishnamurti: Liberte-se do Passado - 13

Décima Terceira Parte
Que é Pensar? - As Idéias e a Ação - O Desafio Matéria - O Começo do Pensamento

Passemos agora a examinar a questão do pensar - o que é pensar - a significação desse pensamento que deve ser exercido com cuidado, lógica e equilíbrio (em nossas atividades diárias), e a significação do pensamento que nenhuma importância tem. A menos que conheçamos essas duas qualidades (de pensamento) não teremos possibilidade de compreender uma coisa muito mais profunda, que o pensamento não pode atingir. Tratemos, pois, de compreender toda a complexa estrutura que constitui o pensar, a memória - como o pensamento nasce, como o pensamento condiciona as nossas ações; e, compreendendo tudo isso, encontraremos talvez uma coisa que o pensamento jamais descobriu, uma coisa cuja porta o pensamento é incapaz de abrir.

Por que se tornou o pensamento tão importante em nossa vida? - o pensamento, que é idéias, reação às memórias acumuladas nas células cerebrais? Talvez muitos de vós nem mesmo fizeram a si próprios uma pergunta dessas, ou, se a fizeram, devem ter dito: "Isso é de mínima importância, o importante é a emoção". Mas, não vejo como separar as duas coisas. Se o pensamento não dá continuidade ao sentimento, o sentimento morre muito depressa. Assim, por que é que o pensamento assumiu, em nossa vida diária, nesta vida tormentosa, tediosa, assustada - tão desmedida importância? Perguntai a vós mesmo, como estou perguntando a mim mesmo: ^'Porque somos escravos do pensamento - desse pensamento sagaz e engenhoso, capaz de organização, de iniciativas; que tantas coisas inventa, que tantas guerras engendrou e tanto medo criou, tanta ansiedade; que está perenemente a criar imagens e a "correr atrás da própria cauda"; do pensamento que fruiu o prazer de ontem e a esse prazer deu continuidade no presente e também no futuro; desse pensamento que está sempre ativo, a tagarelar, a mover-se, a construir, a subtrair, a adicionar, a supor?".

As idéias se tornaram para nós muito mais importantes do que a ação - idéias tão habilmente expostas em livros pelos intelectuais, em todas as esferas de atividade. Quanto mais sagazes e sutis essas idéias, tanto mais as veneramos e aos livros que as contêm. Nós somos esses livros, somos essas idéias, tão fortemente condicionados estamos por elas. Estamos perpetuamente a discutir idéias e ideais e, dialeticamente, a apresentar opiniões. Toda religião tem seu dogma, sua fórmula, seu próprio andaime para alcançar os deuses, e, como estamos investigando as origens do pensamento, estamos contestando a validade de todo esse edifício de idéias. Separamos as idéias da ação porque as idéias são sempre do passado, e a ação é sempre o presente - isto é, o viver é sempre o presente. Temos medo do viver e, por conseguinte, o passado, as idéias, se nos tornaram tão importantes.

E realmente muito interessante observar as operações de nosso próprio pensar, observar, simplesmente, como pensamos, a fonte de onde brota essa reação que chamamos pensar. Essa fonte é, obviamente, a memória. Existe de fato um começo do pensamento? Se existe, podemos achá-lo? - isto é, o começo da memória, porque, se não tivéssemos memória, não teríamos pensamento.

Já vimos como o pensamento sustenta e dá continuidade a um prazer que ontem fruímos, e como o pensamento também sustenta o contrário do prazer, o medo e a dor; de modo que o experimentador, que é o pensador, ê o prazer e a dor, e também a entidade que lhes dá nutrimento. O pensador separa o prazer da dor. Não percebe que na própria exigência de prazer está atraindo a dor e o medo. O pensamento, nas relações humanas, está sempre a exigir prazer, exigência que ele disfarça com palavras tais como lealdade, auxílio, dádiva, amparo, serviço. Pergunto-me: Por que queremos servir aos outros? O posto de gasolina oferece bons serviços. Que significam estas palavras: auxílio, dádiva, serviço? Que finalidade tem isso? Uma flor, cheia de beleza, de luz, de encantamento, essa flor diz: "Eu estou dando, ajudando, servindo"? Ela é, e porque não está procurando fazer coisa alguma, ela abarca toda a Terra.

O pensamento é tão sutil, tão hábil, que deforma todas as coisas para sua própria conveniência. O pensamento, com sua exigência de prazer, traz sua própria servidão. O pensamento é o criador da dualidade, em todas as nossas relações: há, em nós, violência, a qual nos proporciona prazer, mas há também o desejo de paz, o desejo de ser bondoso, delicado. Isso é o que se passa a todas as horas, em nossa vida. O pensamento não só cria em nós essa dualidade, essa contradição, mas também acumula nossas inumeráveis memórias de prazer e de dor e dessas memórias renasce. Assim, o pensamento é o passado; o pensamento, como já disse, é sempre velho.

Como todo desafio é enfrentado em termos do passado - desafio que é sempre novo - nossa maneira de enfrentá-lo será sempre totalmente inadequada, e daí decorre a contradição, o conflito, a aflição e o sofrimento a que estamos sujeitos. Nosso insignificante cérebro está em conflito, não importa o que faça. Não importa se aspira, se imita, se se sujeita, se reprime, se sublima, se toma drogas para expandir-se - o que quer que jaca - ele se acha num estado de conflito e produzirá sempre conflito.

Os que pensam muito são autênticos materialistas, porque o pensamento é matéria. O pensamento é matéria, tanto quanto o soalho, a parede, o telefone, são matéria. A energia que funciona num padrão se torna matéria. Há energia e há matéria, É só isso que a vida é. Podeis pensar que o pensamento não é matéria; mas é. O pensamento, como ideologia, ê matéria. Onde há energia, esta se converte em matéria. Matéria e energia estão relacionadas entre si. Uma não pode existir sem a outra. E quanto mais harmonia há entre ambas, tanto mais equilíbrio existe e tanto mais ativas estão as células cerebrais. O pensamento estabeleceu o padrão de prazer, de dor, de medo e dentro dele vem funcionando há milhares de anos, e não pode quebrá-lo, porque foi ele quem o criou.

Um fato novo não pode ser percebido pelo pensamento. Posteriormente, pode ser compreendido pelo pensamento, verbalmente, porém, a compreensão de um novo fato não é uma realidade para o pensamento. O pensamento jamais resolverá um problema psicológico. Por mais engenhoso, por mais sutil e erudito que seja, e qualquer que seja a estrutura que o pensamento cria, por meio da ciência, de um cérebro eletrônico, da compulsão ou da necessidade, o pensamento nunca é novo e, por conseguinte, jamais poderá resolver uma questão sumamente importante. O velho cérebro não pode resolver o enorme problema do viver.

O pensamento é tortuoso, porque pode inventar tudo e ver coisas que não existem. É capaz dos mais extraordinários truques e, portanto, não merece confiança. Mas, se puderdes compreender toda a sua estrutura, porque pensais, as palavras que empregais, o vosso comportamento na vida diária, vossa maneira de falar com as pessoas e de tratá-las, vossa maneira de andar, de comer - se perceberdes todas essas coisas, então a vossa mente não vos enganará, então não haverá nada para enganar-nos. A mente não é então uma entidade que exige, que julga; torna-se sumamente quieta, flexível, sensível, só, e nesse estado não há engano de espécie alguma.

Já notastes que, ao vos achardes num estado de completa atenção, o observador, o pensador, o centro, o "eu" deixa de existir? Nesse estado de atenção, o pensamento começa a definhar.

Se uma pessoa deseja ver uma coisa muito claramente, deve ter a sua mente muito quieta, sem seus preconceitos, suas tagarelices, seus diálogos, suas imagens, seus quadros - tudo isso tem de ser posto à margem, para olhar. É só no silêncio que se pode observar o começo do pensamento, e não quando estamos a buscar, a fazer perguntas e esperar respostas. Portanto, só quando há completa quietude em nosso ser, e fazemos a pergunta: "Qual a origem do pensamento?", começamos a ver, em virtude desse silêncio, como se forma o pensamento.

Se há o percebimento de como se inicia o pensamento, já não há necessidade de controlá-lo. Despendemos uma grande soma de tempo e desperdiçamos uma grande quantidade de energia, através de toda a vida, e não apenas na escola, controlando os nossos pensamentos - "Este é um pensamento bom, devo pensá-lo muitas vezes", "Este é um pensamento mau, devo reprimi-lo." Trava-se uma perene batalha entre um pensamento e outro, entre um desejo e outro (um prazer dominando todos os outros prazeres), mas se há o percebimento da origem do pensamento, nele já não existe nenhuma contradição.

Agora, quando ouvis uma asserção, tal como: "O pensamento é sempre velho" ou "O tempo é sofrimento", o pensamento começa a traduzi-la, a interpretá-la. Porém a tradução e a interpretação baseiam-se no conhecimento, na experiência de ontem, de modo que, invariavelmente, a traduzireis de acordo com o vosso condicionamento. Mas, se olhais essas asserções e não as interpretais de modo nenhum, dispensando-lhes, tão-só, vossa atenção completa {não concentração), descobris que não há observador nem coisa observada, que não há pensador nem pensamento. Não digais "Qual o que começou primeiro?". Essa é uma pergunta hábil, mas não conduz a parte alguma. Podeis observar em vós mesmo que, quando não há pensamento - e isso não significa um estado de amnésia, de vacuidade - quando não há pensamento derivado da memória, da experiência ou do conhecimento, pois tudo isso é do passado, não há pensador nenhum. Isso não é matéria filosófica ou mística. Estamos tratando de fatos reais e, se me acompanhastes até aqui, passareis a responder a cada desafio, não com o velho cérebro, porém de maneira totalmente nova.

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