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sexta-feira, 16 de julho de 2010

Hubble registra "cauda de cometa" em exoplaneta gigante

Na imagem, uma concepção artística do exoplaneta HD 209458b


A Agência Espacial America, Nasa, através do Telescópio Espacial Hubble, confirmou a existência de uma espécie de cauda, típica dos cometas em um exoplaneta extremamente quente que poderia ser chamado de "planeta-cometa". Chamado HD 209458b, o planeta está orbitando sua estrela a uma distância tão pequena que o calor está fazendo sua atmosfera ferver e escapar para o espaço. Os gases que escapam formam a cauda. As informações são da Nasa.

Localizado a 153 anos-luz da Terra, o planeta pesa um pouco menos do que Júpiter, mas orbita sua estrela a uma distância 100 vezes menor. O exoplaneta, que está sendo literalmente cozido, gira ao redor de sua estrela em apenas 3,5 dias - para comparação, o planeta mais rápido do nosso Sistema Solar, Mercúrio, orbita o Sol em 88 dias.

"Desde 2003 os cientistas vêm teorizando que a massa perdida está sendo empurrada para trás, formando uma cauda, e eles até mesmo calcularam a aparência provável do planeta-cometa," diz o astrônomo da Universidade do Colorado em Boulder, Jeffrey Linsky.

O Hubble detectou elementos pesados, como carbono e silício, na atmosfera do planeta - que atinge quase 1.100 graus Celsius. Por este motivo sua estrela-mãe está aquecendo a atmosfera inteira, permitindo que até mesmo os elementos mais pesados escapem do planeta.

Isto torna o fenômeno diferente do que ocorre com os demais planetas, inclusive com os planetas do Sistema Solar, que também "perdem" elementos para o espaço.

Observações do Hubble em 2003 já sugeriam a existência de uma cauda em Osíris. Contudo, a Nasa afirma que a confirmação pode ocorrer apenas com a combinação de alta sensitividade em ultravioleta e uma boa resolução do espectro.

Os astrônomos afirma que, apesar de estar sendo "tostado" por sua estrela, o planeta ainda levará um bom tempo para ser totalmente destruído - o novo estudo estipula que isso leve cerca de 1 trilhão de anos. A pesquisa foi publicada no jornal especializado The Astrophysical.


Terra

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