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segunda-feira, 25 de maio de 2009

"Alien - O Oitavo Passageiro", 30 anos de gritos no espaço

Antonio Martín Guirado.


Los Angeles (EUA), 25 mai (EFE).- "No espaço, ninguém pode ouvir seus gritos" foi o slogan publicitário perfeito de "Alien - O Oitavo Passageiro" (1979), um clássico do terror que hoje completa 30 anos de sua estreia e que impulsionou as carreiras de seu diretor, Ridley Scott, e de sua protagonista, Sigourney Weaver.


Ganhador do Óscar de efeitos especiais, o filme gerou três sequencias a cargo de três autores diferentes: James Cameron, em "Aliens, O Resgate" (1986); David Fincher, em "Alien 3" (1992); e Jean-Pierre Jeunet, em "Alien - A Resurreição" (1997).


Scott assinou logo depois o marco da ficção científica "Blade Runner - O Caçador de Androides" (1982) e mais tarde se encarregou de títulos comerciais como "Thelma e Louise" (1991), "Gladiador" (2000) e "Hannibal" (2001).


Sigourney criou uma das grandes heroínas do gênero o que lhe permitiu trabalhar em alguns dos filmes mais populares dos anos 80, como "Os Caça-Fantasmas" (1984) e "Nas Montanhas dos Gorilas" (1988).


O diretor britânico, com sua aposta minimalista, fez um milagre. Os US$ 11 milhões de orçamento obrigaram o alienígena que dá nome à saga mal ser visto em todo seu esplendor, um recurso já usado por Steven Spielberg quatro anos antes em "Tubarão".


Mas em troca, Scott criou um ambiente claustrofóbico e opressivo, apoiado na trilha sonora de Jerry Goldsmith e com o simples uso de luzes e sombras dentro da nave espacial Nostromo, por cujos corredores se amontoam ecos das obras de Joseph Conrad e dos contos fantasmagóricos de H.P. Lovecraft.


Voltando para a Terra após uma missão comercial, a tripulação deve desviar de sua trajetória quando "Mother", o computador central, intercepta uma estranha transmissão, o que obriga por contrato a investigação de sua procedência, segundo o roteiro de Dan O'Bannon.


Assim chegam a um planetoide desconhecido e descobrem que o sinal vem do interior de uma nave extraterrestre. Uma expedição decide entrar nela e encontra um habitáculo repleto de ovos, um dos quais libera uma criatura que adere ao rosto de Kane (John Hurt), que fica inconsciente e é levado outra vez à nave.


Aí começa o verdadeiro pânico. Primeiro, ao descobrir que o sangue da criatura é um potente ácido que destrói tudo o que encontra em seu caminho. Depois, com uma das cenas mais impactantes da história do cinema, quando o "alien" arrebenta o peito de seu "hóspede" e escapa.


Quase sem armas para usar contra a criatura, a Nostromo se transforma em uma prisão para seus tripulantes, que decidem caçar o "alien". Mas outra surpresa os aguarda: quando voltam a se encontrar, ele se desenvolveu e adquiriu sua imagem mais aterrorizante, com dentes afiados e mandíbula retrátil incluídos.


Perante a sucessão de mortes entre seus companheiros, a tenente Ripley (Weaver) assume o comando e descobre que o extraterrestre devia ser protegido pelo androide Ash (Ian Holm) para ser inspecionado pela Weyland-Yutani, a companhia proprietária da Nostromo.


Finalmente, Ripley consegue se livrar da criatura, expulsando-a para o espaço exterior, e começa seu retorno à Terra, mas como comprovaria anos depois, sua batalha contra os "aliens" acabava de começar e nos filmes seguintes enfrentou um Exército desses predadores ("Aliens, O Resgate"), chegou a se suicidar ("Alien 3"), e inclusive ser clonada ("Alien - A Resurreição").


Apesar de tudo isso, 30 anos depois Weaver ainda pensa em retomar o personagem que lhe deu fama. "Sinto que a saga ainda não acabou para mim", disse à Agência Efe há alguns meses. "Ripley está viva e a salvo, espero que não acabe perdida no espaço para sempre", afirmou. EFE


Fonte: G1

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